Rio - Foi um treinamento à parte. Durante 40 minutos, nada menos que seis jogadores fizeram fila para bater faltas ao fim do treino do Vasco. Claro que comandados e influenciados pelo especialista no assunto, Juninho Pernambucano, que adaptou esse tipo de atividade à rotina de São Januário. O meia, aliás, pode ficar orgulhoso, porque o desempenho de Bernardo e Alecsandro foi acima da média. Melhor até mesmo do que o do Reizinho da Colina.
As batidas foram de todos os tipos. Mais perto do gol, com a barreira colocada de maneira tradicional. Do outro lado, com barreira inversa e de longa distância, de onde ficou notória a técnica refinada de Juninho na forma de pegar na bola.
\"A gente gosta de ficar perto, ficar bem do lado, até para ver como ele faz. De repente ele nos dá uma dica. Mas o Juninho fala: bate assim. A gente olha e diz: mas como?\", disse, rindo, Diego Souza, que ficou treinando pênaltis enquanto Bernardo, Alecsandro, Fagner, Fellipe Bastos e Dedé cobravam faltas.
O atacante Alecsandro, que contra o Grêmio acertou uma falta no travessão, encaixou uma sequência de deixar Juninho com inveja. Foram quatro gols seguidos, na cobrança clássica, por cima da barreira. Bernardo também teve seus momentos. Quando não acertava a cobrança na gaveta, batia na trave e se lamentava a cada erro. Até Dedé, que fez um gol de falta no Carioca, brilhou.
Como ainda não pode jogar, Juninho batia uma bola por vez, enquanto os titulares cobravam até três. Mesmo sem ser brilhante, chamava a atenção a precisão dele a cada batida. \"Ele mostra em cada treino por que é um batedor de falta diferenciado, como vimos em toda a carreira. Juninho bate na bola e parece que está brincando. Bate sempre no mesmo lugar, a bola faz a mesma curva\", afirmou Diego.
Se de perto Alecsandro e Bernardo foram os melhores nas cobranças de falta, de longe quem conseguiu repetir Juninho na precisão do chute foi Fellipe Bastos. Fã do camisa 8, o jovem volante batia forte na bola, que caía quando chegava perto do gol. O resultado de todo esse treino é que os adversário agora têm motivos agora para pensar bem antes de derrubar um vascaíno próximo da área.