Se depender da confiança dos integrantes da banda Catedral, o Vasco já pode encomendar a faixa de campeão da Taça Guanabara. Tão apaixonados pela Cruz de Malta quanto pela carreira musical, o trio formado por Kim, Júlio e Guilherme passou a semana do clássico dividido entre a divulgação do novo álbum M.I.M., Maior Idade Musical, livro-CD que reúne músicas inéditas e registros da trajetória de 23 anos do grupo - e a expectativa pelo clássico. Entusiasmada para ver o Vasco campeão, a banda aceitou o convite do MARCA BRASIL e deu um canja cantando o hino do clube, em um estúdio da Zona Sul da cidade.
Os integrantes da banda na torcida pelo Vasco | Foto: Ernesto Carriço / Agência O DiaA gente torce para que o Fred tenha o seu dia de Deivid, disse, às gargalhadas, o baterista Guilherme, referindo-se ao inacreditável gol perdido pelo atacante rubro-negro na semifinal contra o Vasco. Mas vou ser modesto. Acho que 6 a 1 está bom, debocha.
Aproveitando o embalo, o vocalista Kim também é só provocação. Ultimamente, o Fluminense tem sido nosso amigo. O Cavalieri sempre dá uma contribuição, brinca o músico, para depois analisar a disputa. Tirando a rivalidade de lado, os dois são os melhores clubes do Rio e também estão entre os três melhores do Brasil. A gente não sabe o que vai acontecer. Mas tomara que dê Vasco, 3 a 1, aposta.
O baixista Júlio também prevê um clássico muito equilibrado, mas aposta na melhor fase vascaína.Nem sempre o time que está melhor ganha. Mas parece que o Vasco nem tirou férias. Continua no mesmo ritmo do ano passado. Acho que este ano levamos o Estadual, analisa o baixista profetizando o futuro herói da decisão. Vai ser o Alecgol, 2 a 1.
Tamanho otimismo parece não ter incomodado o tricolor Marcelo Alves, técnico de som que acompanhou a gravação do estúdio. Ele levou na boa todas as provocações. Os caras estão 100% em tudo. Agora é o que der e vier, mas levo fé,disse, sem muito entusiasmo.
Mas ninguém sofreu mais com as gozações do trio vascaíno do que o guitarrista da Catedral. Rubro-negro de coração, Diego César foi praticamente obrigado a vestir a camisa vascaína. Não ligo, nem sou ligado em futebol, desconversou para depois fuzilar. Acho que Flu ganha de 3 e segunda-feira eu não trabalho, provocou.
Reportagem de Márcia Vieira