Depois de nove derrotas seguidas em clássicos, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, no Maracanã. O time de Maurício Barbieri aproveitou expulsões de dois jogadores do rival para encerrar a sequência negativa. Assim como havia acontecido contra o Fluminense, a equipe vascaína criou boas chances de gol e, desta vez, conseguiu balançar as redes.
O treinador falou sobre a eficiência do Vasco, que voltou a perder oportunidades claras. Barbieri acredita que os números vão melhorar quando tiver mais tempo para trabalhar questões técnicas.
- A gente sempre trabalha e tem buscado soluções para criar bastante. É claro que a gente precisa ser mais efetivo, criamos muito contra o Fluminense, mas não conseguimos isso. Hoje, deu certo. É sempre complicado este tema da eficiência. Temos 30 dias de trabalho e quase 10 jogos, então temos tido pouco tempo para treinar algumas situações, dentro delas essas questões técnicas. Como o intervalo é muito curto entre um jogo e outro, nós estamos focando mais na área tática. À medida que tivermos mais semanas abertas poderemos treinar mais essa questão da finalização.
Com o resultado, o Vasco assumiu a quarta posição do Carioca, com 14 pontos. O time volta a campo pelo estadual no dia 27, contra o Boavista, às 19h30, em São Januário. Mas antes enfrenta o Trem-AP, no dia 23, no Mané Garrincha, às 21h30.
Outras declarações de Barbieri:
Voltar a vencer um clássico
- Antes de tudo quero desejar que o Philipe Sampaio fique bem, a gente ficou preocupado com ele. Esse retrospecto traz um peso, conversamos sobre isso na preleção, disse aos jogadores que essa história não nos pertencia, mas era esse grupo que teria a oportunidade de cessar essa escrita ruim para um clube gigante como o Vasco. Tínhamos um contexto difícil por conta dos desfalques, acho que começamos bem o jogo, a primeira expulsão deles sai em uma jogada bem trabalhada pela gente, se não tivesse a falta provavelmente faríamos o gol. Claro que a expulsão condicionou o jogo, mas tivemos equilíbrio e maturidade para buscar a vitória.
Alex Teixeira
- Quando a gente fala dessa função de 10, vem um estereótipo muito marcado do que é o 10 tendo em vista a história do futebol brasileiro. Mas existem diferentes camisas 10. O Alex começou a carreira como um atacante de lado, mas agora vem jogando mais como um meia-atacante. E essa é a ideia, que ele flutue no espaço mais próximo ao Pedro, que ele consiga fazer os seus movimentos. E ele sempre fez muito gol. Acho que ele fez um bom jogo. Ele vem melhorando a cada jogo, no ano passado foi um outro contexto, e a gente teve um cuidado especial com ele na pré-temporada e agora estamos colhendo os frutos deste trabalho.
Desempenho
- Eu acho que a gente vem fazendo boas partidas, jogamos bem contra o Nova Iguaçu e contra o Resende, contra o Volta Redonda foi um ponto fora da curva. Mas acho que estamos tentando construir uma identidade de sempre buscar o gol quando tivermos com a bola. A ideia geral nós temos mantido e estou satisfeito neste momento.
Elenco do Vasco
- Muitas vezes a gente não tem falado mais sobre isso, mas isso não quer dizer que não estamos mais buscando ninguém. Esta busca é constante. O que eu acho que fica de positivo é que usamos os garotos e eles deram uma resposta mais que positiva. Isso deixa a gente feliz, eu entendo que é normal falar só do resultado, mas desenvolver os jogadores é um trabalho nosso também. São soluções que nós ganhamos ao longo da temporada.
Orellano
- O Orellano é mais um processo de adaptação, tem o fator da língua, ele é um menino muito introvertido, acho que ele sentiu uma lesão em algum momento, mas não nos falou. A gente tentou ajustar isso e não estava conseguindo dar sequência para ele. Ele teve um incômodo e a gente achou melhor dar uma pausa para ele se recuperar melhor. É um processo que é natural e é individual. Estamos tendo essa dificuldade inicial, mas vamos solucionar rápido.
Alterações no jogo
- A tendência é todo mundo achar que com dois a mais é mais natural, mas por não ser uma situação corriqueira, para o treinador é sempre um desafio interpretar o que o outro time vai fazer. A gente discutiu sobre o que o Botafogo poderia fazer e decidimos colocar o Nenê para pensar um pouco mais, liberar o Puma, deixar o Pec por dentro junto com o Erick Marcus. A gente tinha dois a mais, e a nossa vantagem não poderia se tornar uma desvantagem pela demora do gol. Nós conseguimos marcar e controlar bem o jogo.