A preparação para a decisão da Liga Ouro já começou em São Januário. O time comandado pelo técnico Christiano Pereira se reapresentou na tarde da última segunda-feira (23/05) para realizar o primeiro treinamento visando o jogo 1 contra o Campo Mourão (PR). A partida será na casa do adversário, no Ginásio Esportes JK, na próximo segunda-feira (30). Em conversa com o Site Oficial, o treinador falou sobre o primeiro encontro da final e comentou a situação física de alguns atletas cruzmaltinos.
- A reapresentação foi ontem, o time precisava deste descanso. O foco desde que a gente terminou a série está exclusivo no Campo Mourão. Eles tiveram mais tempo para recuperar e isto pode ser um aspecto positivo para eles. Mas também tem o lado negativo, pois estão parados, só treinando, enquanto nós viemos de três jogos puxados. Estamos com uma preocupação grande de recuperarmos nossos jogadores que não estavam 100%, casos do Hélio, Drudi e Márcio. E ainda tem o Dámian, que esteve gripado e com febre. A prioridade é a recuperação deles e tentarmos minimizar nossos erros, tendo em vista as qualidades do adversário - frisou o comandante, que também fez uma anáise dos confrontos vitoriosos da semifinal contra o Ginástico (MG).
- O que nós conversamos e traçamos desde o início era que pensássemos um jogo de cada vez. Sabíamos que poderíamos fechar a série melhor de cinco com um 3 a 0, mas a gente respeitava muito a equipe do Ginástico, o trabalho feito pelo treinador deles, e por isso fomos pensando uma partida por vez. Tivemos uma primeira exibição excepcional. A segunda já foi um pouco mais difícil, entretanto, conseguimos sair do Rio de Janeiro com 2 a 0. Sempre tivemos a consciência da importância de fechar a disputa o mais rápido possível, para que pudéssemos ter mais tempo de descanso. Então, fomos para o terceiro jogo focados em finalizarmos a série e saímos classificados de Belo Horizonte - comentou o treinador.
Uma situação que vinha incomodando durante toda a primeira fase do torneio era a falta de concentração no início dos jogos, principalmente no setor defensivo. Mesmo deixando evidente, na maioria das ocasiões, grande poder de recuperação no decorrer dos quartos, conseguindo virar o placar de inúmeros confrontos, este fator negativo trouxe insatisfação ao técnico vascaíno. Nos duelos de semifinal, o Almirante deu indícios de ter "curado" este defeito.
- Tudo isso é postura e atitude. Não que o time não tivesse isso nas outras partidas, mas a gente está o tempo todo alertando. No segundo encontro com o Ginástico aqui no Rio, nós não começamos bem. Saímos perdendo por 9 a 0. Parei o jogo para dar uma balançada no time. Demoramos até um pouco para recuperar, só que deu certo no final. Tudo isso é preparação, o grupo estar bem preparado, focado para iniciar uma partida com atenção. A gente passa isso para eles. Sempre digo que o começo dos confrontos e a volta para o terceiro quarto são fundamentais, principalmente nestes compromissos equilibrados - disse Christiano.
Contando com a boa pontaria constante de diversos atletas, como Márcio, Dámian, Hélio e Gaúcho, o técnico cruzmaltino ganhou mais um forte aliado no setor ofensivo. O americano Robby Collum, conhecido por sua carreira eficiente no ataque, teve seus primeiros jogos na Colina Histórica sem conseguir se destacar na pontuação. O jogador chegou ao Vasco após passar um ano e meio se recuperando de lesão e tudo indica que sua melhor forma está começando a aparecer no momento certo, quando brilhou nas partidas de semifinal.
- É um jogador que sempre foi destaque por onde passou, um atleta que tem como marca na carreira o bom número de pontos por jogo, se destacando na parte ofensiva. Por ter ficado um ano e meio parado, ele chegou aqui sentindo a falta de ritmo. Com menos de dez dias de treino, o Collum já estava estreando no campeonato. Acabou demorando um pouco para adquirir as melhores formas física e técnica, porém, nunca deixamos de acreditar no seu potencial, sabendo que a qualquer momento ele iria encaixar. Por ter obtido destaque em outros times que atuou, é um atleta que os adversário já conhecem e dão pouco espaço. Nesta série semifinal ele foi fundamental. Com a bola na mão, tem sempre a atenção do marcador individual e de outro na sobra. Além deste fator ofensivo, é muito importante na defesa e tem bom posicionamento no rebote - finalizou o técnico.