A temporada do Vasco da Gama foi longe de ser a sua no Novo Basquete Brasil (NBB), o time terminou na penúltima posição (5 vitórias e 21 derrotas) e ficou fora dos playoffs. Porém, nem tudo foi ruim para a equipe. O cruzmaltino viu alguns jogadores recém chegados renderem bem em quadra e um deles foi o do ala-pivô Gemerson.
O jogador que veio do Pinheiros para o time carioca, terminou a temporada com médias de 12.7 pontos, 8 rebotes e 1.8 assistências em 20 jogos.
Recentemente eu pude conversar com o jogador vascaíno sobre a temporada, suas influências no basquete e muito mais.
Confira o papo a seguir.
Felipe Souza – Como você avalia a sua temporada e o que acha que faltou para o Vasco ter chegado mais longe no campeonato?
Gemerson Barbosa – Muito chato falar de maneira isolada, principalmente da maneira que saímos. particularmente eu nunca fiquei de fora dos playoffs do NBB e posso afirmar que isso foi muito duro para todos nós. Apesar de tudo, faço uma análise positiva da minha temporada, tenho a certeza que me trouxe muito aprendizado e que levarei para o resto da carreira e vida.
Não sei ao certo dizer o que faltou para nossa equipe, mas com toda certeza posso afirmar que não faltou comprometimento, profissionalismo, entrega e união. Mesmo com todos os problemas, sempre estávamos juntos e isso foi mais importante.
Felipe – Como você começou a jogar basquete e de quem você é fã?
Gemerson – Venho de uma cidadezinha chamada Lencois, na Bahia. Apesar de não termos apoio nenhum, dos governantes, sempre fomos extremamente apaixonados pelo basquete. Quando eu tinha mais ou menos uns 12 anos, fui cegamente influenciado pela presença de um treinador voluntário chamado Marcelo “Bero Bero” e de um cara que eu tinha como ídolo na época chamado Leandro Bispo Lima, ele participava de diversos campeonatos importantes representando a Bahia e sempre foi destaque, estava sempre em jornais, em evidência em todo o estado.
A partir daí, coloquei na minha cabeça que queria ser jogador de basquete. Na época, não tinha nada que fizesse eu pensar que tomaria tamanha proporção, que conseguiria chegar ao profissional. Assim que comecei, me espelhei no Leandro “Negão”, com a ajuda do treinador Marcelo “Bero Bero”. Ele, que até hoje, eu respeito demais e tenho como segundo pai.
Felipe – Poucos devem saber, mas como é também ser namorado de uma jogadora de basquete? Você é o tipo que dá dicas ou o que sofre como um torcedor?
Gemerson – A Débora não é só minha namorada, é minha companheira, minha amiga. Então é fato que sempre conversamos e trocamos ideias; colocamos nossos ponto de vista para cada lance, o que poderia ter sido feito e o que fazer se acontecer de novo. Tentamos nos ajudar em tudo, sempre.
Felipe – Você atuou pelo Pinheiros na temporada passada do NBB e do Paulista. Qual a maior diferença entre o Rio de Janeiro e São Paulo, dentro e fora de quadra?
Gemerson – Falando de campeonato, é grande a diferença quando se trata de estadual, primeiro que São Paulo sai na frente pela quantidade de times que disputam e pelo altíssimo nível. A organização, estrutura, e a base é muito forte em todo o estado.