Aos 30 anos, Renato Carbonari ainda persegue o primeiro título do Novo Basquete Brasil. Por duas oportunidades, bateu na trave. Em 2013/14, pelo Paulistano, foi derrotado pelo Flamengo. E na última temporada, pela mesma equipe, mas diante do Bauru, perdeu a decisão no jogo 5. Agora no Vasco, o pivô começou na última semana a caminhada em busca de mais uma final com o início do NBB 10. Poucos se lembram, porém, que o gigante de 2,05m que jogou todas as edições do torneio por pouco não abandonou a carreira de forma precoce ainda aos 19 anos por conta de uma fratura gravíssima na tíbia e na fíbula. No sábado, contra o Mogi, na Arena Carioca 1, às 14h, ele mais uma vez terá do outro lado Guerrinha, o técnico que o chamou de volta para o esporte quando nem ele imaginava mais ser possível.
- Eu tinha 19 anos. Estava jogando o Campeonato Paulista pelo Bauru. Subi, fui fazer uma bandeja e caí em cima do pé do outro jogador. Fraturei a perna direita mais ou menos como os caras da NBA têm fraturado agora. Tíbia e fíbula. Fiquei dois anos parado. Nessa época, Bauru estava voltando com o projeto. O Guerrinha me ligou e me perguntou se eu queria voltar a jogar basquete. Eu falei que estava machucado. E ele me disse que me ajudaria a voltar a jogar. Fui, conversei com ele, que me deu todo o apoio. Tive muita ajuda dos meus pais também, que foram fundamentais. Hoje não sinto nada, só ficaram as marcas mesmo na perna (risos) - brinca Renato, que teve um bom início de NBB pelo Vasco e foi o cestinha da vitória sobre a Liga Sorocabana com 18 pontos.
Durante o tempo lesionado, Renato usou inclusive aquela espécie de "coleira" que circunda a perna para imobilizar e ajudar na recuperação da fratura. De volta ao basquete e com a confiança de volta, Renato fez mais duas temporadas pelo Bauru e depois partiu para o Paulistano. Lá, em 2013/14, encontrou o Flamengo pela frente e em jogo único foi derrotado na final por 78 a 73. Já na última temporada, novamente jogando no Paulistano após breve passagem por São José, caiu diante do Bauru no jogo 5. Ao fim do NBB 9, uma proposta do Vasco o balançou. Ao saber sobre a montagem do novo elenco vascaíno, aceitou a oferta e deixou São Paulo para jogar no Rio de Janeiro em busca da taça que falta.
- Conversamos e pela equipe que estava sendo formada, sem dúvida é querer um título. Por mais que eu tenha chegado na final com o Paulistano, ter feito ainda outra final antes por eles. Analisei e decidi vir para cá. Até por ser um desafio novo. É bom sempre para a carreira do atleta ter desafios - garante Renato.
Na próxima rodada, no sábado, 18, às 14h, o Vasco encara o Mogi das Cruzes, na primeira partida da equipe na Arena Carioca 1, palco do basquete na Olímpiada Rio 2016. Os ingressos estão à venda por R$ 20 (R$ 10 meia), com possibilidade de compra pela internet através do site Guicê Webe. Para Renato, o Vasco precisa ter ainda mais atenção contra o time de Guerrinha, o treinador que salvou sua carreira.
- O Mogi tem grandes jogadores, caras consagrados. Temos que manter a defesa e ter o mesmo foco. Até um pouco mais. Tivemos momentos de pane contra a Liga Sorocabana depois que abrimos uma boa vantagem, e ainda conseguimos sair com a vitória. Contra o Mogi, precisamos manter a defesa forte sempre.