A temporada vigente se iniciou com o intuito de selar, definitivamente, a volta do clube no cenário nacional após 9 anos de ausência. Dessa forma, mesmo com diversas dificuldades financeiras em um âmbito geral, o clube manteve apenas 2 jogadores do elenco que disputou a temporada 16/17 e resolveu investir forte em um time altamente competitivo, com atletas de seleção – Lucas Mariano e Fúlvio – além de nomes já conhecidos como Gui Deodato, Guilherme Giovannoni e Dedé Stefanelli.
Entretanto, ainda no início da temporada as pendências e a falta de planejamento começaram a tumultuar o já complicado ambiente Vascaíno, vide que o Vasco ocupa, hoje, a 11ª colocação com 30% de aproveitamento.
As explicações para o péssimo começo de campeonato vieram de diversas fontes e a mais forte se confirmou na manhã da última quinta-feira: segundo o jornal O Globo, o Vasco estaria devendo até 3 meses de salários.
Com a indefinição política que insiste em permanecer no clube desde as eleições para a presidência, a crise econômica do clube afetou todos os seus setores, não só no futebol, principal modalidade esportiva, mas também no basquete, fazendo com que viessem a tona dívidas passadas com os ex-jogadores que atuaram no Vasco - Márcio, Hélio, Palácios, Murilo. Por fim, se os valores em aberto não forem quitados, é provável que acionem a justiça.
Para completar o agitado dia de sábado (06/01), a informação que surgiu no começo da tarde foi a possível saída de um dos principais jogadores do elenco, David Jackson, por conta dos atrasos salariais. Em contato com o agente responsável pelo jogador, a equipe do Vasco Basketball desmentiu o que foi noticiado anteriormente, publicando por meio de nossas redes sociais, que ele deu até a próxima segunda-feira (08/10) para pagar todos os atrasados do jogador. Caso não faça, o atleta também entrará na justiça cobrando os pagamentos pendentes.
O risco agora é acontecer um desmanche total do elenco vascaíno no meio da temporada, mostrando claramente a absurda falta de planejamento com a montagem da equipe. Todos osclubes que investiram pesado para a temporada, em comparação com o investimento cruzmaltino, conseguiram um patrocínio para ajudar com os custos plausíveis de um clube que visa conquistar o campeonato nacional. Segundo a previsão orçamentária para o basquete no ano de 2018 (foto abaixo), o Vasco contava com uma receita de 8.556.000, incluindo verba de jogos, patrocínios e outras. Só de patrocínios, a estimativa que era de 8.400.000, não se confirmou. Vale ressaltar que essa proposta para investimentos no basquete feita no começo do ano é, em confronto com as de outros times do NBB, extremamente discrepante, visto que o Franca, clube paulista com tradição no basquete, almejava 4.500.000 para o ano de 2018.