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Beach Soccer: Vascaínos jogam intertemporada na Europa

Enquanto as competições no Brasil não recomeçam, os jogadores brasileiros aproveitam o verão no leste europeu para fazer bonito no beach soccer da Rússia. A primeira etapa do campeonato nacional, que terminou no último fim de semana, reuniu seis brasucas e teve como destaques o defensor Buru e os atacantes Jorginho e Bruno Xavier, campeões pelo Strogino, equipe de um distrito da capital Moscou. O time conquistou o título nos pênaltis, após empate por 4 a 4 com o Lokomotiv Moscou. Além do capixaba Bruno, eleito craque da competição, o troféu de artilheiro ficou nas mãos do maranhense Fernando DDI, do Samara, que anotou 10 gols.

Primeiro brasileiro a atuar no beach soccer da Rússia, o capixaba Buru, eleito \"Melhor do Mundo\" pela FIFA em 2007, contou que fica seis meses (maio a outubro) do ano no país do leste europeu, morando na capital Moscou. Ele destacou que a chegada dos atletas verde-amarelos deixou o campeonato russo ainda mais forte.

- No começo, eu era atleta e treinador do time do IBS, da cidade de São Petersburgo. Nos primeiros anos, era difícil a entrada dos brasileiros no país por causa do visto. Era muita burocracia. Mas, depois que foi firmado o acordo comercial do Brasil com a Rússia, a vinda de jogadores para cá ficou facilitada. Existem três vagas para atletas extra-comunitários, o que deixa o campeonato mais competitivo - contou Buru, de 35 anos.

Segundo o defensor, os brasileiros miram o futebol russo por causa dos bons salários e premiações.

- O beach soccer, no Brasil, ainda não é um esporte que garanta a sua independência financeira. Essa passagem pela Europa praticamente garante o salário dos atletas durante a temporada. O futebol russo é uma grande potência do ponto de vista econômico - afirmou o atleta.

Mesmo com a boa estrutura oferecida pelos clubes russos, Buru admite que alguns atletas sentem dificuldades com o frio e o idioma quando chegam ao Velho Continente.

- Nos primeiros anos, foi muito difícil a adaptação. Era complicado até para arrumar sapatilha para treinar por causa do frio em algumas épocas do ano. A questão da língua, hoje, é mais fácil, ao menos para mim. Eu entendo a língua mais do que falo, mas precisei estudar para me locomover nas ruas sem ficar perdido. Quem está chegando agora, no entanto, sente muita dificuldade. As equipes têm investido em tradutores, que falam espanhol ou inglês - contou.

Do Vasco para a Rússia e Itália

O atacante Bruno Xavier, de 26 anos, está em seu segundo ano na Rússia. O jogador, que defende o Vasco da Gama e também atua na Itália, falou da diferença entre os campeonatos realizados nos países da Europa e no Brasil.

- Na Itália, os campeonatos são parecidos com os que acontecem no Brasil, com jogadores mais técnicos e um jogo mais cadenciado. Na Rússia, é diferente. As partidas são mais duras, com jogadores fortes na marcação. Por isso, quando os brasileiros entram em ação, se destacam pela habilidade e velocidade - disse Bruno.

Após a etapa na Rússia, Bruno viajou para a Itália, onde disputará a Copa Nacional pela equipe do Terracina, província que fica perto de Roma. Para o jogador, as mudanças de clubes em um período tão curto de tempo são normais na vida dos jogadores de beach soccer.

- Faltam campeonatos mais regulares no Brasil. Enquanto isso, os atletas aproveitam para disputar essas ligas na Europa, que é muito mais vantajoso financeiramente. Além disso, também aproveitamos para fazer turismo pelas cidades - contou.

Bruno voltará ao Brasil em julho para disputar os Jogos Mundiais Militares pela Marinha. No entanto, ele admite que o seu principal foco é disputar as Eliminatórias Conmebol para a Copa do Mundo pela seleção brasileira, de 31 de julho a 7 de agosto, no Rio de Janeiro.

- Estou ansioso para saber se estarei na lista. Tenho feito grandes jogos na Europa, me destaquei com a camisa do Vasco no Mundialito de Clubes e também na Copa Brasil e acho que tenho chances de entrar no grupo - encerrou.

Também atuam no Campeonato Russo o atacante André e o defensor Souza, pelo IBS San Petersburg. Entre os estrangeiros, os principais nomes são os portugueses Alan e Madjer, vice-campeões pelo Lokomotiv, e o uruguaio Pampero, do Samara. A segunda etapa, que conta com oito equipes, será disputada na cidade de Samara e, por fim, em São Petersburgo.

Fonte: Site da Confederação Brasileira de Beach Soccer
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