Acostumado a levar multidões de torcedores aos estádios, o Vasco joga pela quarta vez em um estádio que abrigou partidas da última Copa do Mundo. Contra o Resende, pela Copa do Brasil, atuou na Arena da Amazônia, jogou na Série B contra Vila Nova e Atlético-GO no Mané Garrincha e nesta terça-feira enfrenta o Oeste-SP, pela 23ª rodada, novamente em Manaus.
Equipes de menor investimento têm aproveitado a exposição do clube carioca para arrecadar com os jogos, mas o Gigante da Colina não leva nenhum percentual de renda como visitante, e isso tem gerado desconforto entre os dirigentes vascaínos. Rodrigo Caetano, diretor executivo, manifesta insatisfação com a situação.
“Tecnicamente, até por jogarmos nas arenas e termos o torcedor ao nosso favor, esse é o lado positivo de todo esse evento, porém o Vasco não ganha nem um real, ainda tem as despesas extras e isso tem se tornado uma rotina. Nós já até fomos na CBF solicitando que haja uma proteção maior, hoje é o Vasco, no ano que vem talvez seja outro clube e ao invés desses organizadores negociarem com o Vasco acabam negociando com as equipes de menor investimento. O Vasco é que carrega as multidões, faz a receita toda e para nós o jogo se torna prejuízo. Isso vai ter que, de uma forma ou de outra, ser modificado, e, se não me falha a memória, a quarta partida que fazemos desse mesmo jeito e sabemos que tem outras equipes já se movimentando para isso, e ao invés dos organizadores negociarem com o Vasco, que teria o preço para fazer isso, acabam negociando com as equipes de menor investimento, e o Vasco tendo que viajar e tendo esse desgaste, não só físico, mas também financeiro", destacou Caetano à Rádio Globo.
A Arena da Amazônia deve ainda receber Portuguesa x Vasco, pela 28ª rodada, no próximo dia 07 de outubro.
Por: Cesar Augusto Mota