Futebol

Bernardo fala sobre momento do Vasco, Adilson e futuro em 2014

"Hoje é dia de Bernardo". A faixa exibida por um torcedor na arquibancada do Maracanã, no último domingo, foi mais do que uma previsão. Ela traduzia a expectativa da torcida do Vasco em relação a aquele que pode ser considerado um xodó. Afastado dos gramados após sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo, o meia retornou e, mesmo atuando pouco tempo e ainda fora da melhor forma, é apontado pelos vascaínos como um dos principais candidatos a marcar o gol que pode evitar o rebaixamento. Contra o Náutico, ele marcou o segundo gol da vitória por 2 a 0. Neste domingo, deverá ter uma nova chance de entrar e ajudar a equipe a vencer o Atlético-PR, em Joinville. Mas mesmo motivado pelo apoio de um público que não cansa de gritar seu nome na arquibancada, ele ressalta que não está sozinho nessa missão.

Bernardo tem a preocupação de dividir responsabilidades e méritos nessa complicada tarefa do Vasco. Mas admite que entra em campo consciente de que sua estrela pode novamente ser decisiva para o Vasco. Dessa forma, em entrevista ao GloboEsporte.com, prefere ainda não carregar em suas pernas o peso de salvar o clube da segunda queda em cinco anos.

- Espero que domingo seja dia de Vasco. Fico feliz com a homenagem que fizeram para mim, mas isso eu deixo para a torcida. O que eu espero é que o Vasco esteja num dia abençoado e conquiste a vitória - disse o jogador do Vasco.

GloboEsporte.com: No último domingo você marcou seu primeiro gol desde a volta ao Vasco, após quase sete meses parado. Como foi aquele momento e depois viver uma semana de expectativa por um jogo decisivo?

Bernardo: O domingo foi especial, porque fiz um gol e consegui desabafar um pouco pela vitória. Pena que os outros resultados da rodada não ajudaram, pois todos ficariam ainda mais felizes se tivéssemos saído da zona de rebaixamento já naquele dia. Mas nessa semana de decisão tenho ficado tranquilo, trabalhei forte porque sei o valor que essa partida tem para o Vasco. O importante é não haver desespero e ter a convicção de que tudo vai dar certo.

Apesar do gol marcado, o técnico indicou que você ainda precisa melhorar a forma física e que, por isso, deve começar no banco contra o Atlético-PR. Como enxerga essa situação?

Conheço o Adilson desde 2008 e entendo perfeitamente. Confio nele, porque sei que está pensando no Vasco, e não no Bernardo. Como tive uma lesão séria, não estou 100% para jogar os 90 minutos. Ele tem me acompanhado nos treinos e conversado com a preparação física para colocar em campo quem estiver melhor. Estamos todos nos ajudando.

Como é receber tantas manifestações de apoio nas partidas, tendo o nome gritado? Fica mais complicado conter a ansiedade de entrar em campo, principalmente numa decisão?

Esse carinho é muito legal. Fiquei muito feliz de ouvir a torcida pedindo a minha volta. Sempre quis manter essa ligação com o torcedor do Vasco. Mas estou bem calmo. Em todo esse tempo que joguei pelo Vasco participei de momentos decisivos, e domingo será mais uma batalha.

Quando você sofreu a lesão no joelho, em abril, existiu uma chance real de você ser negociado pelo Vasco, possivelmente com um clube da Rússia. Como foi lidar com a frustração de perder uma oportunidade de atuar na Europa e ter de passar por um longo processo de recuperação?

Claro que fiquei muito chateado por sofrer uma lesão num momento em que estava muito bem, era o artilheiro do time na temporada. Quanto à negociação, não estava nada acertado. Eu poderia sair ou ficar. Tinha uma chance de eu ir para fora, mas tudo seria bem pensado, em nada me atrapalhou.

E em relação ao futuro. Você tem mais dois anos de contrato com o Vasco. Já pensou o que será de sua carreira em 2014?

Depois que sofri a lesão, pensei somente em voltar a jogar. Quero que tudo dê certo no domingo para entrar de férias e curtir minha família. Primeiro vou descansar porque tive um ano muito complicado. Claro que tenho pensamentos à frente, mas meu contrato com o Vasco é longo, então meu plano no ano que vem é me apresentar ao Vasco.

Assim como você, André foi um jogador querido pela torcida do Vasco, mas que termina o ano fora dos planos da comissão técnica nessa decisão. O que dizer sobre o atacante, que é seu grande amigo? Acha que ele perdeu uma oportunidade de se destacar no clube?

O André viveu altos e baixos com a camisa do Vasco. Acho que ele estava no caminho certo, é um cara com estrela, um baita centroavante. Como amigo e fã, gostaria que ele tivesse um ano melhor pelo Vasco. Queria que tivesse dado certo, porque é um grande amigo. Além disso, infelizmente não tivemos muitas oportunidades de jogar juntos. Mas o clube tem sua maneira de conduzir as coisas, e não cabe a mim avaliar. Para falar a verdade, não sei direito o que aconteceu e também agora minha preocupação é apenas que o Vasco vença essa última partida.

Você é visto principalmente pela torcida como um jogador de estrela, que numa partida como a deste domingo pode protagonizar um lance decisivo e salvar o Vasco do rebaixamento. Como é conviver com isso?

Fico feliz pelas pessoas pensarem dessa maneira. Mas acho que isso tem a ver com o fato de eu já ter marcado alguns gols importantes pelo Vasco. Acho um pouco arriscado eu falar sobre ter estrela ou não, porque sozinho eu não resolvo nada. Numa jogada ou outra, posso conseguir, mas o futebol é coletivo, então penso primeiro no grupo. Mesmo assim, é legal ver o torcedor comentando isso.

Domingo é dia de Bernardo?

(Risos) Espero que domingo seja dia de Vasco. Fico feliz com a homenagem que fizeram para mim, mas isso eu deixo para a torcida. O que eu espero é que o Vasco esteja num dia abençoado e conquiste a vitória.

Fonte: ge
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