Poucas horas antes de entrar em campo para defender o Vasco na partida contra o Volta Redonda, na última quarta-feira, Bernardo entrou com uma ação contra o clube na 17ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro pedindo o fim do recém-assinado vínculo. Sua queixa é por falta de pagamento de salários e outras obrigações trabalhistas. O advogado deixa claro que a intenção do meia não é apenas notificar, mas encerrar o vínculo com o Vasco.
De acordo com o advogado de Bernardo, o jogador pede o pagamento de dois meses de salários, recolhimento do Fundo de Garantia dos dois contratos assinados (empréstimo no ano passado e vínculo em definitivo em 2012) e o pagamento das luvas referentes ao segundo contrato.
- A atitude do Bernardo é uma ação judicial de cunho trabalhista. Ele cobra a tutela antecipada por conta da mora salarial - disse João Marcos Guimarães Siqueira, referindo-se ao fato de a Justiça poder conceder a liberdade ao jogador antes mesmo de o processo ser julgado definitivamente.
No fim do ano passado o Vasco garantiu a compra de metade dos direitos econômicos de Bernardo pagando R$ 3,5 milhões ao Cruzeiro. Assim, o jogador assinou um contrato válido por quatro anos. Na última quarta-feira, jogadores e funcionários do clube receberam os salários de dezembro, colocando em dia os vencimentos. O mês de janeiro tem vencimento no próximo dia 20.
O representante de Bernardo afirma que o Vasco deve ser oficialmente notificado nesta quinta-feira, o que pode abrir negociações diretas entre as partes em busca de um acordo. João Marcos Guimarães Siqueira, portanto, não descarta a permanência do jogador em São Januário.
- Não fecho as portas para ninguém. Se o Vasco tiver uma proposta, um acordo, vamos conversar - afirmou.
Empresário de Bernardo, Léo Rabello afirmou que não atuará até que o caso saia da esfera jurídica. Ele prefere ainda não falar sobre uma possível transferência do jogador para outro clube.
- Falar sobre mudança de clube é prematuro. Não quero me meter nisso agora, pois é uma questão de foro íntimo e de ordem familiar. Só acho que como cidadão vivendo num país democrático, o Bernardo tem o direito de buscar o que é melhor para si - observou.