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Bernardo teria tido problemas de disciplina no Goiás

Jogador de futebol não é de acreditar em coincidências. O discurso prega o trabalho sempre. Que seja pelos dois, o início de Bernardo no Vasco guarda semelhanças com o no Cruzeiro. Há cerca de dois anos, recém promovido ao profissional, ele marcou seu primeiro gol em cobrança de pênalti, sofrido por ele mesmo, contra o Democrata, pelo Campeonato Mineiro. Anteontem, o meia balançou a rede pelo clube de São Januário em sua estreia como titular da mesma forma contra o Duque de Caxias. A promessa, que não vingou em Minas, pode ter uma espécie de recomeço na carreira. Sem mais coincidências.

— Na pegada que estou, tenho certeza de que vou fazer um grande ano — garantiu Bernardo, confiante.

Trajetória que, aos 20 anos, teve nos problemas extra-campo a principal trava para decolar. Qualidade, ninguém discute que Bernardo possui e muito. Sobretudo na bola parada.

— Ele começou a confirmar o talento dele em 2006. Era juvenil, mas disputou um campeonato na Holanda pelos juniores. Nós fomos campeões contra o Sporting Lisboa, num torneio que tinha o Ajax e outros clubes grandes — lembra Roger Galvão, diretor do futebol de base do Cruzeiro, acrescentando que o meia foi destaque na Copa São Paulo de Juniores de 2009, na qual o clube caiu nas quartas de final. — Ele sempre foi destaque desde o infantil. Na Copinha, Bernardo fez a diferença e foi artilheiro (nove gols em seis jogos).

O zagueiro Rafael Tolói, companheiro de Bernardo em 2010 no Goiás, também só tem elogios ao meia do Vasco.

— A grande qualidade dele é a bola parada, cobrador de falta e pênalti. Ele teve algumas oportunidades no Goiás, mas saiu por decisão do técnico que chegou (Arthur Neto). Mas ajudou muito aqui e pode ajudar muito o Vasco — afirma o zagueiro.

Problemas de disciplina

Mas tanto no time principal do Cruzeiro, clube no qual chegou aos 12 anos, como no Goiás, pelo qual disputou o Brasileiro-2010, Bernardo não se firmou, apesar do talento, e pecou pela imaturidade. Nos bastidores, problemas de indisciplina são dados como motivos para os empréstimos do jogador pelo time mineiro. No clube goiano, ele teve chances e foi bem em algumas partidas ano passado. O rendimento caiu, noitadas eram frequentes e o garoto de Sorocaba, interior de São Paulo, ficou afastado nas rodadas finais do nacional e da Sul-Americana.

Ao Vasco, chegou como aposta e mais maduro, sem grande repercussão, e como ele mesmo disse “está comendo pelas beiradas”. Ele sabe que a briga vai ser grande. No meio-campo, terá a concorrência de muitos jogadores, inclusive de Diego Souza.

— Vou procurar respeitá-los. Como sou novo, vou procurar sempre estar entre os convocados. Já joguei como volante, meia. Onde me colocar para jogar, eu jogo — brinca o meia.

Afinal, ele não quer perder o gostinho de ter novamente seu nome gritado pela torcida logo, como ocorreu em sua estreia em São Januário. E nem precisou mais do que 45 minutos para isso. O meia foi substituído no intervalo por causa de dores estomacais.

— Vai ser uma alegria que vou levar para o resto do ano — afirma.

Fonte: Jornal O Globo
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