Por André Casado e Rafael Cavalieri
A ascensão da carreira de Marcelo Oliveira passa pelas campanhas na Copa do Brasil de 2011 e 2012. Nas duas ocasiões, no entanto, o treinador parou na final com o Coritiba e não foi capaz de levar o clube a sua segunda Taça Libertadores na história. O estigma de vice-campeão, assim, o tem assombrado recentemente, apesar do bicampeonato paranaense. No Vasco, a derrota na final dos dois turnos do Carioca deste ano reacendeu as gozações de torcidas rivais.
A seu favor, Oliveira utiliza os números e o reconhecimento do trabalho para evitar que o que alcançou seja desmerecido. Apesar de satisfeito, em São Januário quer voos mais altos.
Marcelo Oliveira observa de longe o treino desta quinta-feira (Foto: Ernesto Carriço / Ag. Estado)
- Saí com o reconhecimento grande da torcida do Coritiba, que sempre que me encontra na rua me dá apoio, mesmo depois de sair. É uma coisa rara até os rivais falarem isso. Os torcedores do Atlético-PR me cumprimentavam. Ser vice é estar próximo da conquista, não pode ser ruim, já que, numa Copa do Brasil, você deixou 62 equipes para trás. Nesses dois anos, perdemos no regulamento. O Coritiba nunca havia chegado na final, tem de valorizar o crescimento que ajudamos o clube a ter. No Vasco, a expectativa é de um aproveitamento ainda melhor - disse.
A cautela que também carrega como marca foi rechaçada pelo treinador. No Coxa, costumava escalar laterais com funções mais defensivas e, eventualmente, optar por três volantes. Ele puxa na memória os recordes batidos ofensivamente em 2011 para advogar em causa própria.
- Tivemos o melhor ataque da temporada, e esse ano o Coritiba também conseguiu um bom rendimento, embota tenhamos tido um desajuste na defesa que nos prejudicou. Claro que não tenho uma maneira única de jogar, procuro adaptar o melhor ao grupo, e o Vasco vai me dar essa condição. Eu cultuo e defendo o equilíbrio - clamou.