O mau do Vasco é a retranca. Quantas vezes escutamos ou falamos isso no último ano? Contra o Bragantino, esta frase se fez valer novamente, mas deixou claro que o assunto vai muito além do fato de jogarmos com dois ou três volantes.
O Vasco não sabe jogar contra times fechados, algo recorrente na Série B. Prova disso são os raros bons jogos do time no ano: os clássicos, durante o Carioca, e os duelos contra Ceará e Joinville. Todas as equipes que jogaram abertas, se deram mal. Exceção apenas para a desastrosas derrota para o Avaí.
Com dois, três ou quatro volantes, o Vasco tem mais time que qualquer outro da Série B, mas esbarra na falta de criatividade, velocidade e talento para improvisar do seu meio de campo. Douglas e Dakson, são inteligentes, mas são lentos e erram demais. Em alguns jogos, acham o espaço, em outros, matam o time.
As entradas de Montoya, Crispim e Maxi Rodríguez, contra o Bragantino, mudaram a forma pragmática do Vasco atuar. Os três - por mais que o colombiano não tenha ido bem -, conseguiram mexer na bem armada defesa adversária e alteraram a partida.
O toque de bola, proposto com um meio mais cerebral e menos dinâmico, pode até funcionar na Série A, mas na Segundona, é outra história. Já passou da hora de rever este conceito.
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