Guiñazú, Serginho, Lucas, Jean Patrick e Diguinho são as opções de Celso Roth para a função de volante e ainda têm tido a companhia do zagueiro Anderson Salles, que passou a ser improvisado no setor. Apesar da pouca qualidade dos laterais e da falta de um grande camisa 10, este é o calcanhar de aquiles do Vasco na temporada, pelas falhas de marcação e baixa capacidade de atacar.
Contra o Corinthians, na derrota por 3 a 0 sofrida quarta-feira passada, o comandante cruz-maltino fechou o time, que buscou fazer forte pressão, o que se mostrou eficiente. O grande problema era quando os jogadores estavam com a bola. Com três volantes incapazes de fazer um bom passe ou de surgir no setor ofensivo como elemento-surpresa, o Vasco não agrediu.
Nas próximas semanas, os cruz-maltinos terão série de confrontos com adversários ameaçados pelo rebaixamento. Contra Joinville, Santos, Coritiba, Goiás e Figueirense, a cautela seguirá sendo necessária, mas será fundamental propor jogo, principalmente em casa, como neste domingo no Maracanã, contra o tricolor catarinense.
Não adianta Salles, Guiñazú, Serginho ou qualquer outro que esteja na volância desarmarem 348 bolas, se na sequência erram 412 passes. Assim, dadas às características dos atletas da posição, é necessário escalar o menor número possível deles. O zagueiro improvisado, aliás, poderia até voltar para a função de origem, atuando com Luan e Rodrigo, para que os laterais fiquem mais soltos.
No meio, Julio dos Santos e Andrezinho poderiam ser escalados mais recuados, mas o primeiro não convence Celso Roth, inclusive pelo baixo poder de marcação, e o segundo terá que parar por um mês, devido a uma artroscopia. Assim, uma das soluções seria escalar Jean Patrick, o mais qualificado (ou menos fraco com a bola) do quarteto de volantes do elenco.
O Vasco está tendo longo período para treinar, graças ao adiantamento do confronto com o Corinthians. Os quase dez dias precisam servir para trazer algo novo para a equipe tecnicamente. Não adianta ficar só no treino físico, mesmo com a equipe se arrastando em campo em todas as partidas, depois dos 60 minutos.
Com 12 pontos em 16 jogos, é hora dos cruz-maltinos começarem a saber o que fazer com a bola, principalmente nesta série contra equipes de qualidade técnica mais baixa. Estes serão os jogos mais importantes para a equipe no ano, pois, caso não saía desta série com mais vitórias do que tropeços, o rebaixamento estará praticamente sacramentado.