A histórica vantagem de vitórias do Vasco sobre o Botafogo não foi o bastante para garantir um resultado ao primeiro. Dessa vez ou mais uma vez se lembrarmos os últimos confrontos entre os dois times o freguês foi quem levou a melhor.
A vitória botafoguense foi um freio na recuperação vascaína. Não estamos no fundo da tabela, mas apenas um ponto em seis disputados nas últimas duas rodadas não é o bastante para seguirmos pensando que ainda estamos em ascensão. É o momento de reavaliar o trabalho, melhorar o que tem dado certo e descartar o que não funciona.
E há muita coisa a se reavaliar. A marcação pelas laterais não é feita com eficiência em nenhum dos lados. O time ainda não consegue se compactar entre os setores, facilitando a vida de times entrosados e com bom toque de bola como o alvinegro. E quando conseguimos chegar ao ataque e criar chances, não podemos desperdiçar tantos lances. Como jogou mais, só lembrarão os lances perdidos pelo Canil, mas o Vasco perdeu pelo menos duas ou três chances claras de gol.
Dorival se diz satisfeito com a evolução do time, mas sabe que ainda não é o bastante. Mas ficar contente com a vibração do Vasco e falar que a partir do momento em que tivermos todo o plantel à disposição a evolução será maior é pouco. Algumas convicções precisam ser revistas, até porque o Brasileirão não vai esperar o Montoya ser inscrito (o que, aliás, está só aumentando a expectativa sobre o desempenho do colombiano, algo evidentemente ruim), nem Guiñazu se recuperar ou mais reforços chegarem.
A distância para o G4 aumentou para 5 pontos e quinta-feira já temos um jogo contra a Ponte Preta. Se quisermos fazer algo além de ficar no meio da tabela, precisamos apresentar um futebol mais consistente já na próxima rodada. Ter evoluído em relação ao nada que o Vasco era antes da chegada do Dorival é pouco e fazer um campeonato sem riscos definitivamente não é o bastante para um clube com a nossa grandeza.