Jogando pro gasto ou até um pouco menos que isso o Vasco conseguiu vencer o Criciúma e dar um belo salto na tabela. Mesmo que tenhamos passado por mais dificuldade do que deveríamos, aparentemente ainda há mais motivos para se animar com o que vem por aí que o contrário. Digo isso pelos primeiros 30 minutos do jogo, pelas chances perdidas (sim, porque até bem pouco tempo nem criávamos as tais chances) e pela expectativa do quanto pode melhorar o time com os reforços que estrearão em breve.
O gol logo no começo da partida mais uma vez de Juninho, como contra o Fluzim, de falta facilitou as coisas. Até se refazer do golpe, o time catarinense não conseguiu fazer muito além de se defender das investidas vascaínas. Com um bom toque de bola e variações de jogadas pelos lados do campo, o Vasco dominava a partida com tranquilidade. Criamos algumas chances, perdemos alguns gols feitos e a demora em ampliar acabou acordando o Criciúma, que passou a aproveitar os espaços deixados quando atacávamos. Contamos com a sorte nesses momentos, já que em pelo menos um lance nosso adversário teve uma oportunidade clara evitada por uma boa saída do Diogo de empatar o jogo.
No segundo tempo, tivemos um repeteco da primeira etapa, com o Vasco marcando mais um gol de falta, dessa vez em linda cobrança de Rafael Vaz. A vantagem deixou o time mais tranquilo, mas a dose foi exagerada: em pouco mais de 15 minutos, permitimos o empate do Criciúma em dois lances completamente evitáveis. No primeiro, Henrique fez falta desnecessária na lateral, e na cobrança, cochilo de Vaz e de Diogo, permitindo que a bola fosse direto para as redes; minutos depois, em uma cobrança de lateral (!!!) a zaga estava desatenta, Diogo falhou mais uma vez e espalmou a bola nos pés de Wellington Paulista, que com uma bicicleta torta igualou o placar.
Fosse em outros tempos, seria o sinal para o Vasco entrar em colapso e mostrar falta da força mental que o atual treinador do São Paulo tanto reclamava. Mas com Juninho em campo, as coisas sempre ficam mais fáceis. Dois minutos após sofrermos o empate o Reizinho cobra uma falta na intermediária, fazendo lançamento preciso para Edmilson, livre na pequena área, marcar o terceiro gol vascaíno.
O que poderia ser uma ducha de água fria para o Criciúma acabou não sendo, e vimos nosso adversário passar a ter mais posse de bola. O Vasco, muito também pelas alterações do Dorival, ficou a esperar a chance de um contragolpe para resolver de vez a partida. Nem um, nem outro conseguiu seus objetivos e o placar não se alterou até o apito final, aos 49 minutos.
A vitória e os três pontos conquistados foram melhores que o futebol apresentado pelo Vasco, mas não podemos esquecer que o mais importante é seguir vencendo. O time ainda oscila no decorrer dos jogos, mas dessa vez podemos creditar as dificuldades que tivemos mais às falhas individuais que ao conjunto. Antes da próxima rodada, Dorival terá mais quatro dias para trabalhar e a diretoria o mesmo tempo para regularizar os reforços que certamente trarão mais qualidade para o grupo. Se todos fizerem sua parte como devem, a torcida pode esperar por um Vasco ainda mais forte já contra o Goiás.
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Mais de 18 mil presentes e quase 15 mil pagantes. A torcida ontem fez bonito até mais que o time apoiando a equipe e trazendo mais R$ 500 mil pros cofres vascaínos. É preciso manter essa média: com os vascaínos jogando junto, o Vasco só tem a ganhar.