A noite de sábado em São Januário representou mais do que três pontos para o Vasco. No segundo tempo, o placar eletrônico anunciou 18.304 torcedores é bom lembrar que atualmente o estádio só comporta 20.000 pessoas. Casa cheia, cruzmaltinos entusiasmados, paixão nas sociais e arquibancadas. Esse foi o maior recado da partida. E foi endereço direto à diretoria vascaína. É incomensurável o tamanho desse clube e a força da sua massa. E é com espírito do Homem Aranha que o clube deve ser comandado. Grandes poderes, maiores responsabilidades.
Em uma semana (bastou vencer o clássico contra o Flu), os torcedores saíram de casa e foram em massa pôr o time no colo contra o Criciúma. Não cabia mais ninguém. Só quem é grande tem esse retorno em tão pouco tempo. Só quem tem história tem o poder de renascer tão rápido. Só quem tem lastro tem um povo, carente ou não, sempre ao seu lado.
O Vasco sofreu para vencer o Criciuma (bom time, bem organizado e que fará um Brasileirão convicente), mas cumpriu sua missão. Juninho Pernambucano nasceu mesmo para jogar na Colina. Seu poder dentro do clube é mágico. Com ele, o time, naturalmente, fica mais forte na técnica e, em termos de personalidade e confiança, mais bem blindado. Era como se os jogadores ganhassem seguranças em campo, Eles olham, vêem Juninho Pernambucano e acreditam que é possível. Parece pouco, mas é demais para quem conhece a Colina. Falta só um goleiro. Sei que é difícil achar, mas não se trata de uma opção. É uma necessidade urgente. E que não pode ser postergada.