O que falta para Rafael Vaz ser finalmente apresentado como novo reforço é um pequeno detalhe. Aliás, 500 mil pequenos detalhes: o zagueiro só estará liberado após o Ceará receber o valor da transferência, que dizem será feito até hoje.
Já o colombiano Montoya, do All Boys (ARG), que parece bastante entusiasmado com a possível transferência para o futebol brasileiro, também depende de grana para se apresentar ao Vasco.
E diante da crise financeira do Vasco, quem é que poderá viabilizar a vinda dos dois? Isso mesmo, os investidores, essa entidade que nem sempre sabemos quem são e que interesses têm em ajudar o clube.
Bom, os interesses nós sabemos sim: eles visam o lucro. Até aí, nada demais. Mas é preciso que nossa diretoria saiba equilibrar o retorno do investimento feito com os interesses do Vasco. Já faz tempo que investidores têm utilizado o Vasco como vitrine, valorizando seus jogadores para depois negociá-los sem que o clube tenha uma compensação à altura.
Na atual situação do clube, a parceria com investidores é mais que importante, é vital. Sem dinheiro em caixa, não há outra maneira de trazer reforços que efetivamente qualifiquem o elenco. Agora, se é uma PARCERIA, os dois lados envolvidos precisam ter vantagens que agradem a ambos. Contar com jogadores de qualidade é importante, mas vê-los se destacar para depois saírem de graça, ou no meio de uma competição ou sem um retorno financeiro que possibilite a reposição com jogadores do mesmo nível torna a parceria desigual.
Rafael Vaz e Montoya serão muito bem-vindos ao clube, não temos dúvida. Mas os dirigentes vascaínos precisam lembrar de que eles precisam agradar não apenas ao chegar, mas também ao sair. Na hora de assinar os contratos, não se pode permitir que os investidores façam o que quiserem, e na hora que decidirem, com os jogadores. Se o Vasco é uma das partes envolvidas, é o clube que deve ser preservado e valorizado.
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Ainda não será nessa rodada que André fará sua estreia com a armadura cruzmaltina. Mesmo tendo vindo do Santos, o atacante tem seus direitos ligados ao Galo e, contratualmente, ele só poderia jogar caso o Vasco pagasse uma compensação ao clube mineiro. Fellipe Soutto está na mesma situação.
De qualquer forma, mesmo que o Atlético liberasse a participação do André, ele não poderia atuar, já que sua inscrição ainda não foi feita: até sábado passado o Santos não havia enviado a rescisão contratual com o jogador para Minas e o Galo não pode entregar sua liberação.