Juninho Pernambucano entrou e modificou a postura tática do Vasco. Apenas dois jogos após sua reestreia, a bola parada tornou-se a principal arma do time, seja nas cobranças diretas, de perto ou de longe, ou cruzamentos na área, pela direita ou pela esquerda. Opção é o que não falta.
Dos três gols marcados pelo Cruz-Maltino nos últimos dois jogos, dois tiveram participação direta do Reizinho. Se contra o Corinthians ele balançou a rede com uma cobrança de falta de longa distância, no sábado, contra o Internacional, ele bateu cruzado para a área e, no rebote, Dedé marcou.
Tenho de me concentrar na hora de bater na bola. Tento ver o posicionamento do goleiro, da defesa, ainda mais em falta pela lateral. E também o posicionamento da minha equipe. Procuro manter a concentração e botar a bola com força, entre o goleiro e a defesa. Fico feliz de estar ajudando desta forma disse Juninho.
Antes do retorno do ídolo, o time de Ricardo Gomes não tinha um especialista em bolas paradas. O jogador com melhor aproveitamento, Bernardo, costuma entrar somente no segundo tempo. Por falar no meia, foi dele a cobrança de escanteio que originou o único gol nesses últimos dois jogos que não contou com a participação de Juninho Pernambucano.
De olho nas cobranças do Reizinho, a torcida vascaína já vibra a cada falta marcado em favor do Vasco. Assim foi contra o Internacional. E Juninho correspondeu.
Sei bem que cheguei com essa obrigação a mais, de caprichar bem na bola parada. É o que a torcida espera. A vibração dela quando tem uma falta se transforma numa energia positiva. Sinto esse empurrão garantiu o volante.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)