O Vasco se prepara para uma verdadeira decisão contra o Corinthians, em São Januário, em jogo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, depois da CBF confirmar a partida no dia 19 de novembro, a direção vascaína acreditava que poderia receber mais de 19 mil torcedores em seu estádio para fazer o "Caldeirão" ferver contra o líder da competição. No entanto, em nota, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro informou que a capacidade continuará sendo de 15.311 pessoas, em função do "não atendimento de normas de segurança".
A posição da corporação militar vai de encontro ao pensamento do diretor de competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Marcelo Viana, que esteve em vistoria a São Januário no último dia seis de novembro. Além da entidade, o Grupamento Especial de Policiamento de Estádio (Gepe), mesmo com o clima tenso entre as torcidas rivais, deu seu aval para que a capacidade do estádio fosse superior a atual, ainda que o local estivesse em obras em seu campo anexo.
- Estamos só esperando chegar o documento de liberação. O Gepe já deu condição de jogo. Falta o Corpo de Bombeiros liberar o aumento da capacidade. O Vasco tem LPCI (Laudo de Prevenção e Combate a Incêndio) para 20 mil, mas só estava podendo utilizar até 15 mil. Se o jogo fosse amanhã, poderia 15 mil. Mas já foi tudo atendido e a vistoria dos Bombeiros deve resolver isso - disse Marcelo Viana, da Ferj, na última sexta-feira.
Na intensa luta contra o rebaixamento, o Vasco vinha mandando seus jogos no Rio de Janeiro no Maracanã e a última partida em São Januário foi na derrota por 4 a 1 para o Palmeiras, no dia 26 de julho. Em julho deste ano, o Corpo de Bombeiros emitiram laudo que diminuía a capacidade da Colina de 19 mil para 15.311 lugares. Inaugurado em 1927, o estádio vascaíno tem recorde de público de 40.209 pessoas na partida Vasco 0 x 2 Londrina, em 1978.
Leia a nota divulgada pelo Corpo de Bombeiros:
"Atualmente, o estádio de São Januário tem capacidade para 15.311 pessoas. A redução de público se deve a um não atendimento dos responsáveis pelo estádio a normas de segurança contra incêndio e pânico, como, por exemplo, iluminação de emergência, para-raios e plano de escape.