Para Bruno Maia, vice-presidente de marketing do Vasco, um dos principais clubes de futebol do Brasil, a tecnologia blockchain pode mudar a forma como o esporte é “consumido”. Segundo ele, com novas tecnologias de transmissão e registro de dados, florescerá no Brasil uma nova indústria de apostas e consumo de dados, que terá a blockchain como um livro de registro seguro e transparência.
“O OTT e as apostas em torno de eventos ao vivo serão irmãs siamesas, diretamente conectadas, e se você trabalha com entretenimento, já deveria estar atento. Apoiadas na blockchain, elas vão mudar o esporte na próxima década”, argumenta.
O executivo afirma que neste novo modelo não haverá intermediários entre quem produz os dados e quem os consome. Desta forma “abre-se um campo infinito para interações hiperlinkadas com outros tipos de atividade de segunda tela”, ou seja, segundo ele, assistir a partidas esportivas ou entretenimento não será mais algo “parado” e sim totalmente interativo.
Este tipo de transmissão fará o telespectador consumir ainda mais dados:
“Pense em como alguém que participa, por exemplo, do CARTOLA F.C, tem quantidade de variáveis muito maiores para gerar comemoração ou lástima ao longo de uma transmissão: se o jogador levou ou não cartão amarelo, ganha-se pontos, assim como ao estipular se e a jogadora correu tantos quilômetros, ou prever quem acertou mais passes… As estatística são os novos motivos de celebração e não só o gol do seu time de coração.”
Para Maia, a blockchain garantirá que estes dados compartilhados sejam efetivamente garantidos, “trazendo transparência e controle para acelerar todas essas frentes”, desta forma, segundo ele, o próprio jogo em si pode ser irrelevante.
“Recentemente, um amigo testemunhava como conseguiu convencer a namorada a assistir o Superbowl com ele, sem reclamar e ainda engajada: convidou-a para uma aposta de R$5 em um site, em que a quantidade de vezes que Gisele Bündchen seria enquadrada pela transmissão era motivo de aposta. A menina ficou ligada o jogo inteiro, esperando as aparições da modelo, e em uma experiência particular durante todo aquele super evento. Para ela, Tom Brady era detalhe, o que importava era Gisele”, finalizou.