Futebol

Burruchaga diz que não viu jogo violento do Libertad no Paraguai

A segurança foi reforçada, um alto dirigente escalado para se pronunciar e a preocupação de evitar que se tornasse ainda mais hostil o ambiente para o jogo de hoje, contra o Vasco, era clara no desembarque do Libertad, ontem, no Galeão. No entanto, quem esperava um pedido de desculpas se enganou. Os paraguaios estiveram longe de se curvar aos protestos dos vascaínos, que reclamaram de ofensas racistas de torcedores no confronto da última semana, em Assunção.

Antes que qualquer membro da delegação se pronunciasse, o vice-presidente Carlos Guggiari se dirigiu à imprensa.

Para justificar o fato de o Libertad não ter se desculpado após as reclamações do Vasco, ele garantiu que ninguém no clube sabia do incidente. E tentou desvincular a torcida do clube.

— Como instituição, tratamos bem o Vasco. Mas não se pode controlar toda a plateia.

Enquanto esteve no Paraguai, ninguém do Vasco reclamou de nada, não nos relataram incidentes.

Só tomamos conhecimento de que havia esta discussão há pouco tempo, pela imprensa do Brasil — disse Guggiari. — Não houve queixa de ninguém lá. A única coisa que o Vasco reclamou foi de uma contusão de um jogador (Diego Souza) por causa de um lance de jogo. O Vasco é um clube amigo.

A empresa que cuida da logística do Libertad e de vários clubes que vêm ao Brasil colocou quatro pessoas para receber o Libertad. Em geral, um ou dois funcionários fazem a recepção. O clube decidiu chegar no fim da tarde e não treinar no Rio não apenas pelo incidente vivido no Paraguai.

O Vasco relatou não ter podido treinar no estádio do jogo. E impediu os paraguaios de fazerem o reconhecimento do campo de São Januário.

— Não houve descortesia nem impedimos o Vasco de treinar. Tivemos problemas com um tubo de irrigação que se rompeu e fez poças no campo.

Pedimos que usassem tênis, mas o Vasco preferiu não treinar — disse o dirigente. — Estamos felizes de estar no Brasil e não tememos nada.

Autor do gol da vitória da Argentina na final da Copa do Mundo de 1986, no México, o técnico Jorge Burruchaga minimizou as reclamações dos vascaínos. E até desdenhou das denúncias de racismo.

— Não creio que tenham sofrido nada demais. Tinha muita gente no campo e não é possível generalizar uma reação que quatro ou cinco possam ter tido. Não sei de que confusão falam. A torcida do Vasco vai incentivar seu time e tentar criar um clima comum em jogos de Libertadores. Temos que ser inteligentes e não entrar nisso. Viemos jogar futebol — disse o argentino.

Burruchaga considerou normais as violentas entradas que marcaram o jogo de Assunção. E disse que a surpresa foi o Vasco: — Fiquei surpreso com o Vasco. É um time forte fisicamente. Mas o jogo não foi delseal. Não há porque criar histórias. O que aconteceu lá é uma faceta do futebol.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)

Fonte: Jornal O Globo
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