Nasci com a Cruz de Malta no peito. Vivi o Vasco desde sempre, e por mais de 10 anos tive o prazer de jogar no meu time do coração, um privilégio. Cada momento foi marcante para mim. Nas arquibancadas, compartilhei muitos sentimentos com minha família, comemorar um gol cantando a plenos pulmões a Epopeia da Tijuca ao lado deles sempre é uma sensação fenomenal. Como atleta, chegar em São Januário para treinar toda manhã, vestir e honrar essa camisa a cada jogo foi muito especial, consegui também chegar na Seleção Brasileira. Levo muitas pessoas dessa jornada no meu coração. Por vezes fui muito emocional e intenso comigo mesmo, o que me ajudou em alguns episódios mas também atrapalhou em outros. Meu vínculo profissional com o clube se encerra de uma forma que eu não tinha imaginado ou planejado, mas o sentimento é de gratidão por tudo. Sorri, chorei, ganhei, perdi, fui herói e vilão. Alguns títulos, vitórias, derrotas e 18 pênaltis defendidos. Levarei esses momentos com muito carinho. Acima de tudo me tornei um ser humano melhor e um profissional mais capacitado. De um vascaíno para os vascaínos, muito obrigado.