A diretoria do Vasco se movimenta politicamente para aprovar duas medidas consideradas importantes para o clube a curto prazo. O presidente Alexandre Campello busca empréstimo de cerca de R$ 40 milhões. Paralelo a isso, vai propor a redução da taxa de admissão – também conhecida como joia – de sócios gerais para R$ 750, em vez dos R$ 2 mil atuais.
Os dois assuntos serão discutidos na reunião do Conselho de Beneméritos, na próxima segunda-feira. O conselho, presidido por Eurico Miranda, é meramente consultivo, mas é encarado como um importante termômetro para a votação no Conselho Deliberativo, onde nenhuma corrente política tem larga vantagem na atual conjuntura.
Para conseguir o empréstimo, o Vasco vai colocar como garantia uma cota dos direitos de televisão, referentes aos valores de pay-per-view. É desta forma, inclusive, que está escrito no edital de convocação do Conselho de Beneméritos (veja no documento a baixo).
A ideia do empréstimo é garantir que o Vasco chegue até o fim de 2018 com todas as responsabilidades em dia. A diretoria espera que, caso não haja novos sobressaltos, este seja o único adiantamento até 2020. Até o momento, o clube tem cotas adiantadas até junho de 2019.
Joia aumentou ainda com Campello
No início do ano, Campello propôs e conseguiu a aprovação do aumento da taxa de admissão para a categoria de sócio geral para R$ 2 mil -quando foi fechado, em 2015, o plano de sócio geral tinha taxa de admissão de R$ 200.
Entretanto, quando rachou com o grupo político Identidade Vasco, o presidente deu a entender que não concordava com o valor – seus opositores rebateram e afirmaram que dependia apenas dele definir a taxa.
Para muitos dentro da política cruz-maltino, o estatuto permite que Campello decida o valor da joia sem precisar se submeter a votação nos conselhos. Entretanto, por toda a atmosfera política do Vasco, optou por referendar a opção através dos outros poderes do clube.