Alexandre Campello fez de tudo para evitar o que chamou de "moviimento eleitoral" da oposição do Vasco. Desde o começo contrário à abertura de uma comissão para apurar a entrada dos novos sócios no clube, tentou encontrar um meio termo, com a abertura de uma comissão com os membros indicados por ele e não por Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo e estatutariamente responsável pela formação do grupo. Não conseguiu e disse não ter ficado surpreso com isso.
Na reunião da última sexta-feira, ofereceu também a opção de que fosse aprovada a entrada de todos os novos sócios, opção defendida por alguns poucos conselheiros. A grande maioria votou pela formação da comissão, que em 30 dias dará um parecer sobre o caso.
- Essa comissão não era o que eu gostaria, mas é o que eu já sabia que ia acontecer. A comissão já estava toda armada, foi um grande acordo nos bastidores entre os grupos. Eles não estão interessados na questão dos sócios, nada disso. A preocupação deles é outra, é eleitoral, claramente eleitoral. Eu mesmo propus uma comissão, com os líderes das chapas, eles não quiseram.
Campello terá mais uma dura batalha pela frente no Conselho Deliberativo. Os grupos de oposição, desde a morte de Eurico Miranda, em março, dialogam cada vez mais. Na próxima reunião, quinta-feira, serão votadas as contas do seu primeiro ano de gestão.