O presidente do Vasco, Alexandre Campello, pode ser punido com uma advertência ou ser afastado do cargo por até seis meses pela Comissão de Justiça por causa da acusação de ter obstruído o trabalho da sindicância aberta para apurar a entrada de novos sócios no clube em 2019.
Formada por dez membros, a comissão se reunirá nesta sexta-feira após convocação do presidente do Conselho Deliberativo do clube, Roberto Monteiro. Campello deve apresentar defesa à comissão ainda nesta sexta.
Na reunião do CD da última quarta-feira, o presidente Alexandre Campello foi pressionado mais uma vez para que libere a lista de sócios do clube. Na saída, le negou ter transgredido o regulamento:
— Não existe obstrução. É meu dever proteger os dados dos sócios do Vasco. Muitos conselheiros já vieram até mim pedir para que esses dados não saiam do clube, para que não tenham os dados expostos. Eu respondi oportunamente sempre os ofícios da sindicância. Eu esperei que a ata da sindicância fosse aprovada, depois comuniquei a todos que eu disponibilizava uma sala com computador e todos os documentos necessários para que verificassem o que desejassem.
Campello reclama que há um movimento para tumultuar o clube:
— Existe um interesse de tirar esses dados de dentro do clube. Ao meu ver é mais um movimento político para causar desconforto, dificuldades para a gestão, para a diretoria administrativa. Lamentavelmente sempre em um momento de dificuldade para a gestão. É o objetivo de o quanto pior, melhor.
O afastamento temporário de Campello da presidência do Vasco, caso aconteça, abrirá caminho para que o vice-presidente geral Elói Ferreira de Araújo assuma o clube. Sem Campello como obstáculo, os grupos de oposição podem ter finalmente acesso à lista de sócios que entraram no quadro em 2019.