Acuado, politicamente, num ano eleitoral que terá voto direto do sócio com mais de um ano de admissão, novidade na história do clube, o presidente do Vasco Alexandre Campello oficializará após o Carnaval a remontagem da diretoria com o anúncio de novos vices nas pastas de futebol, finanças e marketing.
Por ora, sabe-se apenas que o conselheiro Carlos Leão, que controla os gastos da construção do novo CT, será o substituto de João Marcos, nas finanças.
O nome do vice de futebol será indicado por beneméritos e o de marketing virá do mercado publicitário.
O cargo do VP de futebol é o maior gargalo da gestão de Alexandre Campello na presidência do Vasco.
Desde a exoneração do inexperiente Fred Lopes, em maio de 2018, a pasta mais importante do clube é acumulada pelo presidente.
Em dois anos, o departamento já teve dois executivos: Paulo Pelaipe, hoje no São Caetano, e Alexandre Faria, agora no gerenciamento da carreira de jogadores.
O futebol vascaíno, hoje nas mãos do jovem paranaense André Mazzuco, é instável, e vai precisar de blindagem do cenário político.
Campello já tentou por duas vezes que José Luís Moreira, ex-vice-presidente de futebol da gestão Eurico Miranda, reassumisse a pasta - o benemérito do clube deixou o cargo em 2015 por desalinho com o ex-presidente.
Agora, o nome dele divide as atenções com o do também benemérito Jorge Salgado, ex-vice de futebol e finanças da gestão Soares Calçada no final da década de 80.
A decisão vai ocorrer no retorno do presidente da Itália, onde passa os dias do recesso.
Nas últimas duas semanas, o clube fechou a renovação do contrato do colombiano Fredy Guarín, passou à segunda fase das Copas do Brasil e Sul-Americana e acertou a chegada (ainda não oficializada) do argentino Martin Benitez, meia-atacante do Independiente.
E enfrentará o ABC de Natal, dia 5, no Maracanã, jogo que vale o avanço na Copa do Brasil.
A medida visa aumentar a receita do clube e atender à demanda dos sócios-torcedores.