Alexandre Campello se reuniu com Eurico Miranda nesta segunda-feira à tarde, em São Januário. O encontro, não muito longo, foi amistoso. O presidente do Vasco, pressionado politicamente pela oposição encabeçada por Roberto Monteiro, tem uma carta na manga que ameniza o clima quente dos bastidores do clube: o balanço patrimonial de 2016.
Um dos motivos do racha político que dividiu a antiga situação cruz-maltina no mês passado foi a divulgação do balanço de 2017, último ano da gestão de Eurico Miranda. Abrindo o documento, Alexandre Campello redigiu uma carta à torcida explicando a situação financeira do clube. Depois, detalhou movimentações financeiras e apontou contas suspeitas, sem justificativas.
A divulgação caiu como uma bomba nos bastidores do Vasco, já que Campello teve apoio político de Eurico Miranda e Roberto Monteiro (atuais presidentes dos Conselhos de Benemérito e Deliberativo, respectivamente). Para tentar acalmar a agora oposição, Campello pode republicar o balanço patrimonial de 2016, penúltimo ano de Eurico, com a mesma riqueza de detalhes do que fez com o de 2017.
O assunto, porém, é tratado com muito cuidado nos bastidores do Vasco. Campello e seus aliados não querem pressionar Eurico Miranda – ou apenas passar a impressão de que estão utilizando o balanço de 2016 para isso. Mas todos os lados sabem que a divulgação não cairia bem.
No encontro em São Januário, as reuniões do Conselho Deliberativo de sexta-feira entraram em pauta. Há duas marcadas:
Às 19h15, para discutir “a recomendação do Conselho de Beneméritos para que o Conselho Deliberativo faça análise de usurpação e invasão de competência (...) por parte do Presidente da Diretoria Administrativa”, que, na Justiça, fez acordo para retirar o título de Beneméritos de 28 conselheiros já aprovados pelo órgão no ano passado;
Às 20h15, para discutir a aprovação de nomes para o Conselho de Beneméritos.