Rio - O caldeirão vascaíno ferveu de vez. Entre os alvos do protesto realizado na tarde desta segunda-feira, em São Januário, o presidente Alexandre Campello, cada vez mais pressionado, tem o desafio de reconstruir a estrutura do departamento de futebol. O dirigente, que acumula a função de vice de futebol desde a saída de Frederico, em maio de 2018, terá que ser cirúrgico, como médico que é, para contratar um técnico e um diretor de futebol capazes controlar a crise na Colina.
A sucessão de fracassos na tentativa de contratar Dorival Júnior, Jorge Jesus, Diego Aguirre e Dunga acelerou o processo de desgaste do mandatário nos bastidores do clube e na arquibancada. A demissão do diretor de futebol Alexandre Faria não foi suficiente para acalmar a animosidade entre os manifestantes que pediram a saída do presidente Alexandre Campello, além da realização de um novo pleito.
Na lanterna do Campeonato Brasileiro, com um ponto em três rodadas, o Vasco atravessa um delicado momento financeiro, político e técnico. O péssimo início da equipe na Série A ligou o sinal de alerta. Com gritos de ordem e faixas, os 100 torcedores que protestaram em São Januário elegeram outros alvos, caso do coordenador técnico PC Gusmão, o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, e dois candidatos na eleição de 2017: Julio Brandt e Francisco Horta.
Pivô da polêmica no desembarque em Manaus, na madrugada de sexta-feira, Yago Pikachu foi cobrado por ter tentado agredir o torcedor que o provocou e arremessou uma sacola em sua direção. O policiamento foi reforçado na entrada da sede social, mas o protesto foi pacífico, sem registro de violência.
A semana de trabalho visando ao jogo contra o Santos, domingo, no Pacaembu, promete ser de muita pressão e cobrança. Apesar da disposição e entrega mostradas no empate com o Corinthians, o Vasco ainda não convenceu o torcedor que fará um Brasileiro longe do Z-4.