As Meninas da Colina costumam dar muitas alegrias ao torcedor vascaíno. Apesar de colecionarem títulos, o Vasco entrou na Liga Nacional Sub-20 desacreditado e surpreendeu aqueles que não acreditavam. No primeiro turno da competição, disputado em São Paulo, o Cruz-Maltino venceu dois jogos e perdeu apenas um, garantindo a liderança até então. Em entrevista exclusiva ao Esporte Interativo, a capitã Thayla comentou o feito da equipe.
“Chegamos como o patinho feio da competição e saímos como líder. Foi incrível porque ninguém acreditava na gente. Todo mundo achava que o Vasco seria o último da chave e ninguém acreditava que a gente conseguiria chegar. Trabalhamos para chegar lá (São Paulo) e poder mostrar que realmente estávamos focadas naquilo, que é a competição mais importante nossa no ano. Estamos trabalhando demais para tentar fazer o mesmo aqui no Rio”.
Além disso, os resultados se tornam mais expressivos quando observa-se que o time vascaíno apresenta jogadoras mais novas que os demais adversários. Thayla contou que as meninas até chegaram a pensar nisso, mas nos jogos perceberam que a idade não seria problema.
“Nós temos muitas meninas novas no nosso time. Inclusive, as quatro que são da seleção brasileira. Isso ficou um pouco na nossa cabeça, mas quando a gente chegou lá e realmente começou a sentir a competição, isso mudou. A gente se comportou como uma equipe bem madura, apesar de ter meninas mais novas”.
O Vasco volta a campo pela Liga Nacional SUb-20,nesta quarta-feira (18), contra o São José, às 10h30 (de Brasília), no Rio de Janeiro.
Confira outros trechos da entrevista:
Esporte Interativo: Você está no Vasco desde 2012, qual sua relação com o clube?
Thayla: “É paixão, muita coisa envolvida. Eu criei um carinho enorme pelo clube. Onde seguir a minha carreira, sempre vou lembrar que comecei no campo do Vasco da Gama. É uma relação muito boa. A gente procura fazer tudo pensando no clube, defendendo a camisa do Vasco que é o mais importante”.
EI: O que você tem para falar sobre o técnico Antony Menezes?
T: “Ele é um pai para a gente. Ele é um técnico sem definição. Ele entende a gente. Com certeza é um pai e um dos melhores treinadores que eu já tive nesse mundo do futebol”.
EI: Você esteve presente na Semana de Evolução do Futebol Brasileiro, realizado pela CBF. Pelo o que ouviu, acha que o futebol feminino pode melhorar no Brasil?
T: “Me deu uma esperança porque é muito bom você ouvir pessoas que querem o bem do futebol feminino. Então, aquilo ali me encheu de esperança porque é muito incerto o futebol feminino, mas creio que vai ter melhorias, se eles cumprirem o que falaram”.
EI: Convocação para a seleção brasileira:
T: “Eu procuro não criar expectativa. Eu primeiro trabalho e se vier vai ser consequência do meu trabalho. Mas o meu foco, com certeza, é a seleção brasileira. Mas se vier vai ser por mérito mesmo”.