Com a fisionomia séria, Fernando Prass treinava ontem na Colina com o reserva Conrado e o preparador Carlos Germano. Ele era o único titular em campo, algo comum mesmo no dia seguinte à derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro. Só uma pergunta infantil, vinda das sociais, arrancou um sorriso da Muralha da Colina.
Posso te chamar de tio? perguntou um pequeno torcedor.
Outras crianças se empolgaram e conversaram com o goleiro. Foram os casos de Luiz Augusto Araújo, de 10 anos, e Rodrigo Alves, de 11. Os alunos da escolinha do Vasco perguntaram sobre chuteiras e saíram felizes com as respostas. Rodrigo achou que Prass poderia ter chutado a bola que tocou para escanteio. Na sequência, a cobrança e o primeiro gol do Cruzeiro na falha da defesa. Mas o camisa 1 do Vasco tem crédito com o torcedor.
Ele falhou, poderia ter chutado, mas é um goleirão elogiou Rodrigo.
O preparador de goleiros, Carlos Germano discorda da avaliação de Rodrigo e disse que se estivesse em campo faria o mesmo que Prass:
Ele não falhou. Foi dominar a bola e sair jogando, quando o Márcio Careca recuou a bola. Mas vieram dois jogadores do Cruzeiro em cima. Se ele tivesse dado um chutão, poderia ter batido em um deles disse Carlos Germano, que elogiou o goleiro e lembrou a excelente atuação contra o Atlético-GO.
O Fernando é uma referência e me ajuda muito, principalmente com os outros três (Alessandro, Diogo Silva e Conrado). Não se pode dizer que com a bola nos pés ele tenha a habilidade de um Rogério Ceni, que joga como um atleta de linha. Com bola nos pés, ele é normal como o Felipe, do Flamengo, e talvez um pouco abaixo do Jefferson, do Botafogo concluiu o preparador de goleiros, que em campo, vestiu a camisa vascaína em 632 jogos, só sendo superado pelo presidente Roberto