O sorriso cruz-maltino e a inibição alvinegra tiveram, nesta segunda-feira, tradução no encontro de dois amigos, adversários nos anos 90: os ex-goleiros Carlos Germano, do Vasco, e Wagner, do Botafogo.
A faixa de campeão foi para o peito daquele que, há 24 anos, ainda inexperiente, defendia o gol do time de São Januário na conquista também invicta do Estadual do Rio. Germano recebeu, simbolicamente, a gentileza de Wagner, campeão brasileiro pelo Alvinegro, em 1995.
- Não faltou torcida, mas admito que o Vasco vinha se credenciando desde o início, com um time muito organizado - afirmou Wagner, ao encontrar Carlos Germano para uma entrevista ao vivo, transmitida no Facebook do Jornal Extra.
O sorriso de Carlos Germano era não somente de alegria pelo título estadual de domingo diante do Botafogo. Era também de alívio.
- Sofri quando o Vasco tomou o gol. Se o jogo fosse para a disputa de pênaltis, eu não sei o que aconteceria...
Wagner sempre soube:
- Minha esperança era o Botafogo vencer por 1 a 0. Jefferson costuma pegar pênaltis. Era a nossa chance.
Com o empate em 1 a 1, o goleiro não se redimiu. Germano e Wagner se entrosaram na avaliação: Jefferson falhou no gol de Rafael Vaz.
- Mas tem crédito. Ele, o Martín Silva e o Prass são os melhores goleiros em atividade no Brasil - finalizou Germano.