Duas semanas após rejeitar uma proposta do Vasco, o técnico moçambicano naturalizado português Carlos Queiroz aceitou nesta segunda-feira uma proposta para treinar a seleção do Irã, segundo informações da imprensa local.
De acordo com a agência de notícias estatal \"Isna\", o treinador, que comandou Portugal na última Copa do Mundo, assinará no final desta semana um contrato de três anos no valor de US$ 6 milhões e levará até o Irã três de seus auxiliares, entre eles o ex-jogador luso Antonio Simões.
No cargo, Queiroz substituirá o iraniano Afshin Ghotbi, que deixou a equipe em janeiro após a eliminação para a Coreia do Sul nas quartas de final da Copa da Ásia.
O técnico chegou a Teerã na terça-feira passada para negociar com a Federação Iraniana de Futebol, e depois de assistir ao amistoso entre a seleção local e a Rússia, deixou o país prometendo uma resposta rápida.
Queiroz, que foi demitido de Portugal em setembro passado, após cair nas oitavas de final da Copa do Mundo e ter tido problemas com a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), se mostrou feliz e otimista durante toda a negociação.
\"Estou feliz de haver vindo. Sim, estou negociando com os responsáveis iranianos, mas devo ressaltar que não há nada concreto\", explicou antes da partida contra os russos, que o Irã venceu por 1 a 0.
\"Vi a atuação do Irã durante a Copa da Ásia, realizada no Catar, e sei que é uma equipe com talentos. Agora quero saber quais são as expectativas\", acrescentou.
A federação iraniana já quis no passado contratar outros treinadores europeus, como o espanhol Javier Clemente, que rejeitou o cargo, entre outras razões, pelas exigências que vivesse a maior parte do tempo no país.
Quem também chegou a ser assediado pelas autoridades iranianas foi o argentino Diego Maradona, mas as negociações não avançaram.