A reunião do Conselho Deliberativo ocorrida na última segunda-feira apresentou novidades e excentricidades de almanaque. Elas devem servir de paradigma para aqueles que rogavam por mudanças a qualquer preço em novembro de 2017.
O primeiro panorama diz respeito à diretoria administrativa. Sem ter completado quatro meses de gestão, o que se viu durante o encontro foi uma troca de acusações entre seus componentes originais jamais testemunhada. Um tal de quem pegou o dinheiro e para quê, tiraram daqui e não devolveram lá, de estarrecer. Como agora se constata, o dito preparo para assumir o clube proclamado pelo atual presidente não passou de bravata.
A outra bravata vem do grupo amarelo. Em outubro de 2017, sua suposta liderança declarou: “Em nossa gestão a transparência será prioridade”. Pois bem. Bastou que o atual presidente abanasse uns cargos e lá se foi o discurso. A suposta liderança defendeu na reunião que “as denúncias são muito graves”, mas recusou-se a orientar o voto pela abertura de apuração. No dia seguinte, soube-se o motivo: vários ligados ao seu grupo tornaram-se dirigentes da colcha de retalhos costurada pela atual gestão.
Esta segunda bravata, no entanto, não chega a surpreender. Ela parte de uma suposta liderança que esconde o seu ofício, o que negocia, como faz para viver, o que o remunera. Como se percebe, transparência nunca foi o seu forte.
Seguiremos vigilantes no papel de oposição que nos coube desde a eleição. Não apresentamos candidato na segunda fase da eleição passada e votamos em quem, ao menos, tinha passado no clube e contra quem esconde o seu presente. Não compusemos diretoria e não mudamos posição alguma com o abanar de cargos.
Portanto, se há uma certeza em relação à citada reunião é a de que o Vasco está repleto de transparentes, impolutos, sérios, intocáveis de conveniência. Tudo pode mudar, no entanto, com a direção do vento. Ou com o oferecimento de brindes. Alertar os vascaínos em relação aos lobos em pele de cordeiro, aos enganadores, aos sustentados por imagens propostas por marqueteiros, também é nossa missão. Não apenas exigiremos o cumprimento integral de promessas, como denunciaremos quem eles são.
CASACA!