O Vasco apresenta hoje aos seus conselheiros o que fez ao “mercado” anteontem: resultados financeiros. A princípio, seria uma medida louvável. O problema dela é concluir o que desmentiu na tentativa de Balanço Patrimonial comentado publicada pela diretoria atual no apagar das luzes de abril último.
Na oportunidade, o Dr. Campelo e seus magos do BNDES concluíram que o Vasco não havia pago quase nada entre 2015 e 2017 da dívida de mais de 700 milhões herdada da República das Bananeiras. Parêntese aos esquecidos: dívida que era de 200 milhões em junho de 2008, transformada em 350 milhões pelo MUV com uma canetada e elevada à estratosfera por, digamos, descuido.
Pois bem: os números apresentados ao “mercado” anteontem, que devem se repetir na noite de hoje, apontam uma dívida global de cerca de 580 milhões. Justamente o que a administração anterior alegava dever. Uma redução próxima de 120 milhões num quadro de catástrofe.
Também na apresentação ao “mercado” foi possível constatar um blefe. Foi dito que se buscou e se conseguiu um incremento de receitas da ordem de 120 milhões: 60 milhões com a venda do Paulinho, 25 milhões com “melhorias de gestão” e 38 milhões de um empréstimo levantado.
Então está certo. Empréstimo virou receita e em “melhorias de gestão” talvez estejam inclusos o mecanismo de solidariedade do Phillippe Coutinho, de mais de 15 milhões, e a premiação superior a 10 milhões por participações em competições sulamericanas. “Melhorias de gestão” desta forma uma dona de casa também faz.
No início de 2018, não lançamos candidato à presidência administrativa. Os dois que concorreram vieram da mesma chapa. Votamos naquele que tinha passagem pelo Vasco como profissional por conhecermos a situação do clube. E, exatamente por isso, blefe e conversa para boi dormir não colam conosco.
Esta gestão não terá de nós sabotagem política. Ela precisa continuar o trabalho de recuperação do clube, após a devastação causada pelos simpáticos aos amarelos. Mas que não pense que nos enganará como engana ao seu público de redes sociais.
CASACA!