Após receber novas explicações do Volta Redonda sobre a venda de 10% dos direitos econômicos do atacante Marrony, a Diretoria de Registro, Transferência e Licenciamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) solicitou informações ao Vasco e vai enviar o caso à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).
O órgão é o responsável por resolver "litígios envolvendo participantes do futebol brasileiro e sob jurisdição da CBF", avaliando possíveis punições aos clubes.
O jogador, atualmente, está no Atlético-MG, após final feliz nas negociações envolvendo o Cruz-Maltino e o Galo, que foram concretizadas no meio de junho. Procurado pelo UOL Esporte, o Vasco não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
Foi justamente em meio às conversas entre o clube mineiro e o carioca que a transação veio à tona. Anteriormente, o Vasco era dono de 70% dos direitos econômicos de Marrony e o Volta Redonda, onde ele foi criado, dos outros 30%.
Em 2018, porém, o Voltaço vendeu 10% destes direitos a um empresário ligado ao ramo imobiliário, por R$ 200 mil. Esta pessoa, cujo o nome está registrado no documento que indica o acordo, tem íntimas relações com a "Pantera Sport", empresa que gerencia carreira de atletas.
Desde 2015, o artigo 18 do Regulamento sobre Status e Transferência de Jogadores (RSTP) aponta que os direitos econômicos dos atletas não podem estar sob o controle de terceiros, apenas clubes estão aptos e envolvidos nas transferências de jogadores.
No começo do mês passado, a CBF havia notificado o Volta Redonda por explicações sobre a negociação. Após uma primeira resposta do clube, a entidade pediu novos detalhamentos. Agora, aguarda as informações solicitadas ao Vasco para que o cenário possa avançar.
O Atlético-MG desembolsou R$ 20 milhões por 80% dos direitos, sendo que o Cruz-Maltino permaneceu com 14% e o Volta Redonda com 6%.