Cássio, ex-Vasco, supera falha contra Porto e crê em bom começo no Português

O goleiro Cássio, ex-Vasco, não teve um bom começo de temporada pelo Paços de Ferreira, em seu segundo ano defendendo o clube. No último domingo, o brasileiro falhou feio ao tentar driblar um adversário e permitiu que o Porto abrisse o placar na decisão da Supertaça de Portugal (no final, os Dragões venceram por 2 a 0). No entanto, Cassio garante que a bobeada já foi superada com a ajuda dos companheiros e espera agora fazer uma boa campanha defendendo a meta do Paços.

- É uma situação chata. Eu particularmente estava tranquilo na partida e, tirando aquele lance, eu era um dos melhores em campo. É sempre complicado, mas o grupo foi muito legal e tem que ser mesmo, tem que abraçar o companheiro. Fui tentar uma jogada que já tinha feito várias vezes. Mas é bola para frente e vamos começar um campeonato. Fizemos uma boa Liga no ano passado e conseguimos boas coisas - afirmou Cássio, por telefone, de Portugal, ao GLOBOESPORTE.COM.

O jogador mostra também que não se abateu e aproveitou o lance para tirar lições e adquirir mais experiência para o futuro.

- Tudo que acontece com a gente a gente tira coisas boas também. Fica o gosto ruim, mas tem que saber tirar um bom partido do que aconteceu.

Ao fim da decisão, um velho amigo de Cássio deu força a ele ainda no gramado. Hélton, que defende o gol do Porto, foi até o companheiro e lhe entregou a sua camisa, sem pedir a outra em troca, dizendo que era um presente.

- Nossa relação vem de muito tempo, desde o Vasco. Viemos nos reencontrar aqui e nos encontramos na igreja dele. Ele nunca veio na minha, mas já combinamos. Antes de acontecer isso, já tínhamos conversado e temos um bom relacionamento. Depois do jogo veio conversar comigo, um gesto bacana e quando acontece, isso fica marcado.

Cássio posa ao lado dos campanheiros Porto e Paços de Ferreira se enfrentaram nas duas últimas partidas oficiais dos clubes e ainda vão fazer o terceiro confronto, já que a estreia no Campeonato Português é justamente entre eles. Apesar do atual tetracampeão nacional ter vencido as duas partidas anteriores, Cássio preferiu olhar o lado positivo do duelo e garantiu que as boas atuações da sua equipe contribuem para que o time entre otimista na competição.

- O Porto é o tetracampeão e o candidato a ser batido, mas as duas últimas partidas foram contra eles, na final da Taça (de Portugal) e da Supertaça, e tivemos sempre bons jogos. A derrota acontece, mas queríamos vencer. Rivalidade tem porque vamos jogar dentro de casa. A gente sabe a diferença entre um clube e outro e ganhando deles não vai definir nada, queremos ser regulares ao longo da competição.

Apesar de ser considerado um clube pequeno em Portugal, o Paços de Ferreira fez jogos nivelados contra o Porto e isso pode ser um bom indício para o time, mas também tem seu lado ruim, como lembra Cássio.

- Na verdade a gente espera fazer um melhor início porque no ano passado a primeira vitória veio só na oitava rodada, então a gente espera que isso não aconteça novamente. Com relação ao início da preparação, a gente teve 15 dias de treino, junto com praticamente todo mundo a única diferença é que jogamos antes que os outros, na Liga Europa, e ajudou. Ajuda e atrapalha em outros pontos porque uma boa pré-temporada é tempo para treinar, conhecer o grupo e os novos companheiros. Temos adversários duros logo no início e uma tabela nada favorável.

Ao analisar o Campeonato, o goleiro acredita que dificilmente o título saíra das mãos dos três grandes clubes (Sporting, Benfica e Porto), que vem ainda mais reforçados para esta temporada.

- Acho que se não ficar entre os três grandes é uma zebra muito grande, a diferença é muito grande para os outros. Tem o Braga, o Vitória de Guimarães e o Marítimo que têm essa tradição de surpresa, mas não acho que fuja a regra. O Porto é o Porto e o Benfica se reforçou muito bem. O Porto perdeu alguns jogadores mas manteve a base. O Benfica mudou muito entrou e saiu jogadores, mudou técnico. A gente não sabe, quando chegarem os jogos pra valer veremos – concluiu Cássio.