Muitos gols entram para a história e são repetidos milhares de vezes pelos programas esportivos da televisão, mas poucas defesas conseguem ficar imortalizadas. Uma delas saiu das mãos de Cássio. Dia 23 de maio. Corinthians e Vasco se enfrentavam pelas quartas de final da Libertadores. Após vacilo de Alessandro, Diego Souza, o craque vascaíno, fica cara a cara com o goleiro do Timão. A Fiel já levava as mãos à cabeça. Os cariocas já abriam o sorriso. Mas de forma milagrosa, Cássio se estica e salva com a ponta dos dedos, mandando a bola para escanteio.
Foi a maior defesa que fiz, admite.
Se esta sequência é inesquecível, o adversário também. O Vasco. O mesmo que deu trabalho no título Brasileiro do ano passado, brigando até a última rodada, ponto a ponto. O Vasco, que mais uma vez está entre os primeiros da competição. O Vasco, que fez o confronto mais equilibrado com o Corinthians na Libertadores. Mas que para o torcedor já ganha um apelido: freguês.
Você está maluco, que freguês. O Vasco é um time muito bom. Sempre dá muito trabalho. É um time que é tão competitivo quanto o Corinthians. Não é à toa que sempre está brigando pelo título. Vamos para lá tentando trazer um bom resultado, mas vai ser difícil, afirmou Cássio, em conversa com o MARCA BRASIL.
Desde aquela defesa na Libertadores, a vida de Cássio mudou muito. Pedidos constantes de entrevistas, assédio de fãs e até sondagens sobre uma possível convocação para a Seleção.
Já estou acostumado. É o reconhecimento de um bom trabalho, afirmou o goleiro.
Mas não foi só a vida do goleiro que mudou nestes 73 dias que separam a defesa do reencontro. O Corinthians terá quatro jogadores diferentes em campo. Leandro Castán e Chicão serão substituídos por Wallace e Paulo André. No meio, Alex saiu e entrou Douglas. Já no ataque, Emerson - vetado pelos médicos, terá Romarinho em seu lugar.
A situação é diferente agora. É outra competição.