Em sua primeira coletiva depois de muitos meses, além de abordar a vitória sobre a Ponte Preta e o momento do Vasco, o capitão Leandro Castan foi perguntado sobre um episódio polêmico. No dia em que o clube anunciou uma série de ações em apoio ao movimento LGBTQIA+, cuja principal homenagem seria enfrentar o Brusque com uma camisa nas cores do arco-íris, Castan fez uma postagem bíblica com o seguinte trecho "Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra".
O Vasco venceu por 2 a 1 o Brusque em 27 de junho, e Castan vestiu a camisa alusiva à causa LGBTQIA+. Nesta quarta-feira, explicou se ficou incomodado ou não e deixou claro que usou o uniforme a contragosto.
- Eu sou o primeiro a respeitar a instituição e o torcedor. Tenho gratidão pelo Vasco. No momento no qual expus o que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a usar uma camisa, acho que algumas pessoas não gostaram. Mas eu respeito a todos e também acho que tenho de ser respeitado.
- Sei que tem relação com o episódio do Brusque. Ficou marcado para mim. Eu, como cristão, processando a minha fé, é aquilo que eu penso. Não ficou nenhum desconforto. Muitos falaram que teve problema comigo e com o Cano. Não tivemos. E, se tivemos, resolvemos no vestiário. Não sei que tipo de capitão as pessoas estão acostumadas.
- Eu sou um capitão que resolve as coisas internamente. Não sou o cara que vai brigar na frente de todo mundo para querer aparecer. Tenho algumas referências, como Totti, do De Rossi, do Ronaldo e do Roberto Carlos. São líderes com os quais trabalhei. Procuro usar esses caras como espelho. É claro que não sou perfeito. Vou errar. A gente resolve as nossas coisas dentro de vestiário. Pode ter certeza de que aqui no Vasco nunca faltou cobrança e respeito.