A série "50 anos do Tri" relembra, em crônicas e reportagens, a conquista da Copa do Mundo de 1970 pela Seleção Brasileira. Serão várias publicações ao longo do mês de junho, que marca o aniversário do terceiro título mundial do Brasil. Conheça agora o zagueiro Brito, um dos campeões. Até o aniversário da final da Copa, serão apresentados todos os atletas e o técnico Zagallo, por ordem alfabética.
2. Brito
Nome: Hércules Britto Ruas
Posição: Zagueiro
Nascimento: 09/08/1939
Cidade natal: Rio de Janeiro (RJ)
Clube: CR Flamengo
Reza a lenda que Brito era tão forte que, durante a preparação para a Copa do Mundo de 1970, quebrou um aparelho da academia ao se exercitar. Talvez não fosse apenas coincidência que levasse o nome de Hércules, o forte semideus grego, no batismo. Brito era realmente uma força da natureza.
Histórias à parte, o zagueiro era uma fortaleza na defesa da Seleção Brasileira. Ao lado de Piazza, volante que Zagallo decidiu improvisar na zaga da Seleção, formou uma das duplas mais temidas do Mundial do México. Juntos, formavam uma dupla complementar: enquanto Brito trazia a força física e a marcação em cima, Piazza adicionava uma pitada a mais de técnica e saída de jogo.
Desde o começo de sua carreira, Brito se acostumou a trilhar o caminho de grandes defensores. No Vasco da Gama, clube que o revelou, o zagueiro substituiu ninguém menos do que Bellini, bicampeão mundial com a Seleção Brasileira. O capitão de 58 deixou o Vasco e Brito assumiu o posto com autoridade e maestria.
Meses antes de ser convocado, o zagueiro trocou o Vasco pelo Flamengo. Ainda jogou em times como Internacional, Cruzeiro, Corinthians, Botafogo e Athletico Paranaense. Mas sua identificação como jogador foi mesmo com a camisa Cruzmaltina, que defendeu por mais de uma década.