Em meio a uma das maiores crises de sua história, o Vasco só consegue enxergar a luz da lanterna. Depois de mais uma derrota, e a quarta partida seguida sem vencer, a equipe volta de Santos na última colocação. Apesar do placar magro (1 a 0 para o Peixe), o revés aumentou ainda mais a aflição do time da Colina. Um drama que deixa Celso Roth por um fio no cargo de treinador. Sua demissão está nas mãos do presidente Eurico Miranda.
Há semanas, o mandatário tem ouvido pedidos de um grupo de dirigentes que vê em Roth um técnico ultrapassado e sem condições de tirar o Vasco do fundo do poço. Seus últimos erros, e aí já incluídos os do jogo de ontem, deram mais força a estes apelos. O treinador tenta se mostrar tranquilo, apegando-se às últimas esperanças.
— Essas coisas sempre acontecem quando não se consegue vitórias. A nossa cultura é essa. Mas a gente continua o trabalho. Se eu tiver que sair, o presidente Eurico vai tomar as decisões e nós conversaremos, se for o caso. Mas eu acho que não — afirmou Roth, que tentou não demonstrar abatimento com mais uma derrota:
— Lutamos demais, corremos muito, e fizemos algumas coisas depois das substituições. Mas ainda foi muito pouco. Vamos continuar lutando. Essas coisas uma hora vão passar.
O destino do técnico será decidido nas próximas horas. Enquanto Eurico não bater o martelo, Roth segue no comando do time, que no sábado encara o Coritiba, no Maracanã, em mais um duelo de desesperados — o Vasco é último da tabela, com 13 pontos; e o Coxa, o 18º, com 15. Os números do drama vascaíno só dão mais força a quem defende sua demissão. Além de ser o lanterna, o time segue com o pior ataque do campeonato e um impressionante saldo de gols de -22.