O vestiário do Vasco, em Volta Redonda, após a inesperada derrota para o Olaria, teve a famosa lavagem de roupa suja. A reunião, que durou cerca de 20 minutos, serviu, a princípio, para tranquilizar Vágner Mancini a respeito da manutenção de seu cargo e, em seguida, para que o grupo tomasse parte da responsabilidade e definisse que a reação será feita em conjunto.
Por conta disso, o treinador saiu confiante para dar entrevista e garantiu que também não pensou em abandonar o barco, sem rumo há um mês. O discurso, então, passou a ser o de dar as mãos e triplicar o esforço para bater o Americano e amenizar o princípio de crise na Colina.
Muita gente corre, é covarde, mas eu vou ficar e resolver o problema. Não posso ter desaprendido a treinar e confio no trabalho desenvolvido. Somos uma família e é hora de externarmos mais ao público que, diariamente, queremos muito ganhar e sair dessa disse Mancini, com o respaldo de Fernando Prass.
Vamos dar as mãos e não achar culpados. Da segurança à rouparia, até nós, jogadores, todos erramos e podemos melhorar crê o goleiro.
Em contrapartida, o ambiente já provoca incômodo no presidente Roberto Dinamite, que obviamente tem a palavra final sobre o futuro de Mancini&Cia. Desde o início da Taça Rio, há pressão interna para que o comando mude. O executivo Rodrigo Caetano, porém, é quem segura a onda. O resultado disso tudo deverá ter um veredicto na reapresentação vascaína, hoje à tarde, com um papo entre a cúpula. Opções no páreo, em caso de fim da paciência, são Celso Roth e Abel Braga, sonhos antigos.