A terceira rodada se aproxima, mas, para Celso Roth, o Campeonato Brasileiro, sua nova guerra particular, começará neste domingo, contra o Avaí. Disciplinador e perfeccionista como um verdadeiro general, o treinador até desconversa, mas já decidiu como mandará seus soldados para a batalha. E um dos princípios básicos ao qual se agarrará será resguardar sua defesa, com, ao todo, cinco volantes em campo.
Apreciador de literatura, o treinador foi professor de educação física por mais de dez anos e se orgulha pelo modo didático com o que é capaz de se expressar, tanto com os jogadores quanto com a imprensa.
O livro A arte da Guerra, oriundo de um tratado militar redigido pelo japonês (*) Sun Tzu, traduz algumas das artimanhas que devem ser postas em prática também no futebol. Segundo Roth, a falta de opções fez com que um exército de marcadores vestissem a camisa cruzmaltina.
O último a ganhar a vaga foi Rafael Carioca, que levará a melhor sobre o ofensivo Rafael Coelho. Desse modo, Souza e Léo Gago terão a missão de municiar a linha de ataque, formada por Philippe Coutinho e Elton.
Creio que esse esquema prevaleça pelo estilo do Sul dele. E o clima de guerra do campeonato exige isso. Terá de ser assim o ano inteiro. Os pontos das batalhas iniciais já não recuperamos mais afirmou Léo Gago, entrando de vez no clima criado pelo gritos e ordens do comandante.
O quarto ensinamento de Tzu diz respeito à adaptação, caso de Jumar, que é cabeça-de-área, mas seguirá deslocado para a lateral direita.
A motivação aumentou, e o Celso mexeu com os brios do pessoal. Tivemos bons dias de preparação e, posso garantir, garra não faltará para vencermos disse o camisa 18.
Não pode-se esquecer da avaliação do campo de batalha. Celso Roth já reuniu informações sobre a Ressacada e está mais do que preparado.
Lá, vamos encontrar um gramado pesado, um time rival rápido, que tem qualidade e está confiante orientou o general Roth, que só espera que a estratégia dê resultado.
(*) Nota do Supervasco: Sun Tzu é chinês.