Com uma faca de dois gumes na mão, o Vasco tenta juntar os cacos da crise e se recuperar no Campeonato Brasileiro no mesmo lugar onde a má fase explodiu em forma de desordem e intimidação. Hoje, às 21h, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o time entra no gramado de São Januário para encarar o forte Internacional e a pressão por resultados causada pela própria grandeza.
Nos planos de Celso Roth, a curta semana de trabalho precisava ser proveitosa para que os erros que atiraram o Vasco na penúltima posição fossem corrigidos. O técnico não esperava, no entanto, que a missão se tornasse ainda mais difícil depois que a torcida invadiu o treino e, da pior forma possível, mostrou simultaneamente o peso e a fragilidade do clube.
O Vasco é maior do que tudo isso, não se pode esquecer. Não estamos bem no campeonato, mas precisamos do apoio dos torcedores, e não que fiquem contra a gente. Foi feio, mas felizmente não houve grandes danos disse o treinador.
O apelo por apoio dificilmente será correspondido. Na partida contra o Palmeiras, os gritos por reforços ecoaram em São Januário antes mesmo de a bola rolar. A derrota para o Avaí aumentou a crise e a diretoria se precaveu com a contratação de mais 40 seguranças para conter possíveis manifestações fora do tom. O mal, porém, já foi feito. Celso Roth garante que a pressão sofrida na terça-feira não vai afetar os jogadores.
Não haverá interferência na atuação, posso garantir. O episódio não fará com que o time corra mais ou menos. Mesmo que alguém diga, depois, que só vencemos por causa do protesto. Só queremos que nos deixem trabalhar apelou.
Muito cobrado, Philippe Coutinho pensa diferente do treinador: Aquilo não vai nos atrapalhar.
Só serve para fortalecer, na verdade.
Sabemos que a fase não é boa.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)