Se o mês de setembro, período do em que o Vasco não venceu nenhuma partida sequer pelo Campeonato Brasileiro, teve um gosto amargo para a torcida cruz-maltina, outubro também não começou nada bem. Afinal, com a derrota de 1 a 0 para o Atlético Paranaense, ontem, no Kyocera Arena, a equipe passou a acumular oito rodadas sem vitórias e, conseqüentemente, a enxergar cada vez mais de longe a disputa por uma vaga na Copa Libertadores de 2008.
A dez pontos do chamado G-4, o Vasco passa a ter outra e desagradável preocupação a partir agora. Afinal, com 40 pontos, está três acima da primeira equipe que se encontra na zona de rebaixamento. No entanto, este tema é proibido na Colina e o técnico Celso Roth tenta se apegar na quase milagrosa classificação para a Libertadores. Mas admite que é muito difícil.
- Apesar da derrota, a projeção que havíamos feito continua valendo. Das nove partidas que nos restam, precisaremos vencer oito. Aí, a vaga é certa. Com sete vitórias, teremos chances, mas dependeremos de resultados. Não é fácil, mas no futebol nada é impossível. Já vi tanta coisa... - disse Roth, otimista.
O treinador não disfarça a sua preocupação com o mau desempenho do Vasco no returno, no entanto, considerou injusta a derrota para o Furacão. Segundo ele, sua equipe teve boas chances para decidir a partida, mas, para seu desespero, não conseguiu aproveitá-las.
- O resultado não foi justo. O Vasco poderia ter marcado, mas não conseguiu - disse Roth.
A falha da defesa no lance que originou o gol do Atlético também deixou o treinador irritado. E não era para menos, pois o \"baixinho\" Ferreira, entre Amaral, Guilherme e Silvio Luiz, muito mal na saída do gol, ganhou a disputa pelo alto.
Ele também mostrou-se muito irritado com a maneira que o Vasco sofreu o gol da derrota em Curitiba:
- Não houve jogo de futebol. Só teve bola alçada na área. E numa eles conseguiram vencer - disse, visivelmente irritado.