Em meio à necessidade de gerar novas receitas, o Vasco vê uma relevante presa no limbo. Ela consta em seus balanços como para receber, mas o clube entrou no quarto ano sem ter data para que isso aconteça. Trata-se da última parcela referente ao patrocínio da Caixa Econômica Federal, que deveria ter sido paga ainda em 2017, no valor de R$ 6 milhões.
O patrocínio não cai na conta de São Januário porque o clube não possui as certidões negativas de débito necessárias para o recebimento do valor, condição para que a entidade esportiva receba patrocínio de empresa estatal. Assinado pela primeira vez em 2013, acabou não renovado ao fim de 2017. Um dos motivos para isso foi justamente a dificuldade do cruz-maltino na ocasião de conseguir as CNDs.
No começo de 2020, uma manobra na Justiça do Trabalho tentou fazer com que o dinheiro fosse disponibilizado. O Sindicato dos Funcionários de Clubes do Rio (Sindiclubes) solicitou a liberação da verba para que os salários do clube fossem pagos. Depois da decisão favorável, a Caixa recorreu e conseguiu suspender o pagamento alegando uma série de pendências, além das certidões, relatórios de exposição de marca e prestação de contas.
Os problemas do Vasco com patrocínios de estatais são antigos. Ainda no período de Roberto Dinamite na presidência, o clube teve dificuldades para receber as parcelas da Eletrobras. A cada ano que passa, o repasse da Caixa de R$ 6 milhões, sem correção da inflação, perde valor real, o que significa prejuízo para o cruz-maltino.