Os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro escolheram na tarde desta sexta-feira (17), por meio de uma vídeoconferência, a agência que cuidará, pelos próximos quatro anos, da venda internacional do torneio para o exterior.
A Global Sports Rights Management foi a empresa vencedora da concorrência. A agência é, na verdade, o novo nome dado à Argentina Sports Rights Management, que foi acusada de manejar o processo licitatório iniciado pela Superliga Argentina e acabou sendo afastada do projeto depois de muita polêmica nos bastidores do futebol no país vizinho.
A proposta da GSRM prevê o pagamento fixo de US$ 10 milhões para os clubes, além de uma divisão posterior da receita. A proposta é US$ 5 milhões inferior à que o mesmo grupo fez para vender a Superliga Argentina para o exterior. No país vizinho, a agência foi tirada do processo após ser revelado que ela poderia cobrir em até 20% o valor de uma proposta superior feita por outra empresa e, ainda, receberia US$ 500 mil caso não saísse vencedora da concorrência.
A GSRM é encabeçada por Hernán Donnari, ex-executivo da Fox Sports na Argentina, e tem como associados os donos de uma plataforma de streaming esportivo chilena, pela agência que comercializa os jogos da seleção do Chile no mundo e por investidores de Miami.
A agência, agora, terá de detalhar todo o plano de ação para os clubes e a CBF para ter a sua proposta validada e assinada. Tanto que, oficialmente, as entidades esportivas brasileiras dizem que apenas a primeira fase do processo de escolha foi concluída.
A GSRM será responsável por vender os direitos internacionais para TV aberta, TV fechada, PPV, internet e streaming. A empresa, porém, não poderá negociar com os países de língua portuguesa, territórios em que a Globo detém os direitos comerciais sobre o Brasileirão.
A licitação também transfere à agência a responsabilidade por criar a plataforma de streaming do Brasileirão e, ainda, montar todo o projeto de branding e marketing do campeonato. Os custos para isso serão de responsabilidade da GSRM.
Isso, claro, se o contrato for finalmente assinado, após duas licitações fracassadas nos últimos dois anos.