Vão ser difícil o Vasco subir. Mais uma vez. No ano passado, o acesso não foi conquistado. O time é fraco, com jogadores sem currículo e um treinador que nada fez de marcante até hoje.
Para subir, é preciso estar rema do na mesma direção. Todos. É preciso união. Elenco unido e torcida apoiando.
Os torcedores entenderam e lotaram o estádio na estreia contra o Vila Nova. Mais de 18 mil, cheios de esperança em um novo ciclo.
A torcida entendeu a necessidade do pacto.
Nenê, não.
O jogador de 40 anos é o capitão do time. Caberia a ele liderar o pacto entre clube e torcida. Ser a garantia de que há um grupo indo em busca do grande objetivo, do grande sonho da torcida: ver o Vasco novamente entre os maiores.
Seria o último grande feito de uma carreira brilhante. Não mais títulos. Mas há título maior que o resgate da dignidade?
E o que ele faz?
É substituído, se revolta e joga a bracadeira de capitão no gramado.
É um gesto com muita simbologia.
Nenê está abdicando do papel que se espera dele. Não quer ser capitão, não aceita liderar nada, que se lasque a torcida. Pacto? Que pacto?
O Vasco, depois de empatar em casa com o Vila Nova, visita CRB e Chapecoense. É hora de reagir para que, na volta à casa, dia 27 contra a Ponte, São Januário não seja um caldeirão.
Nenê?
Obrigado por nada.