A rescisão do contrato do lateral-direito Yago Andrade, de 18 anos, em São Januário desde os sete de idade, deu repercussão a um tema corriqueiro nos bastidores do clube, restrito até então a torcedores que acompanham as partidas das divisões de base e aos pais de alguns jovens atletas vascaínos: o uso inescrupuloso do poder, com denúncias jamais apuradas de favorecimento a jogadores de empresários em detrimento de outros, oriundos dos núcleos de treinamento, das escolinhas e do futebol de salão do próprio Vasco.
O menino se queixou de \"coisas esquisitas\" e pediu a rescisão do contrato que terminaria em março.
Seria só um caso de insatisfação pessoal, não fosse mais um a deixar nas entrelinhas suspeitas sobre o gerenciamento dos times da base.
E as acusações são, de fato, escabrosas, em que pese não valer a pena esmiuçá-las por aqui sem a devida apuração.
Mas o que espanta é a omissão do presidente Roberto Dinamite que há tempos, ao ser informado, optou por cruzar os braços em vez de investigá-las.
De cara, deveria mudar o gerenciamento do setor, submetendo-o hierarquicamente ao futebol profissional como em qualquer estrutura que se supõe minimamente bem intencionada.
O ídolo maior do clube, antes um artilheiro e hoje o presidente, está demorando a chutar essa bola que quica na área perigosa.
Vai acabar fazendo um gol contra...